O conflito não tem, para já, impacto direto na indústria
O conflito na Rússia não tem, para já, um impacto direto muito expressivo para a indústria portuguesa de calçado.
Com efeito, as exportações portuguesas para a Rússia ascendiam, em 2021, 13 milhões de euros. Assinala-se de resto, no último ano, um decréscimo de 19,5% face ao ano anterior. Já para a Ucrânia as vendas situaram-se nos 1,3 milhões de euros (quebra de 18,9%). Esses dois mercados representam menos de 1% das exportações do setor e contrariam a tendência de decréscimo que o sector do calçado registou em 2021 em praticamente todos os mercados.
“A indústria portuguesa de calçado exporta mais de 95% da sua produção para 163 países, nos cinco continentes, pelo que não está não está dependente de nenhum mercado” sublinha Luís Onofre.
O Presidente da APICCAPS lamenta, ainda assim que “o conflito na Ucrânia ocorra precisamente numa altura em que as perspetivas para o setor do calçado eram fracamente positivas”. Recorde-se que o último trimestre de 2021 foi o melhor de sempre para o calçado português. “No início do ano, havia sinais claros de que 2022 seria um ano de afirmação do calçado português nos mercados internacionais. Esperamos poder confirmar estes sinais, mesmo tendo em conta que o cenário mudou de forma dramática na última semana”.
Itália depende da Rússia Espanha, nem por isso
Entre os principais concorrentes internacionais do calçado português, a dependência face ao mercado russo não é homogénea. Já a importância da Ucrânia, é residual para Portugal, Espanha e Itália.
Em 2021, Itália exportou 3,7 milhões de pares de calçado para a Rússia, no valor de 274 milhões de euros. A Rússia significará, por esta altura, cerca de 3% das exportações italianas.
No caso de Espanha, o peso relativo do mercado russo é relativamente menor: em 2021, foram exportados 1,9 milhões de pares de calçado espanhol para a Rússia, no valor de 40 milhões de euros, O peso nas exportações espanholas é de 1,6%.
Entre os players europeus, é a Polónia que mantem a maior preocupação relativamente ao conflito. Para além das questões da geo-estratégia e da catástrofe humanitária (a Polonia já acolheu mais de um milhão de refugiados ucranianos), do ponto de vista estritamente do negócio, há uma relação estreita com os dois países. No setor de calçado, Rússia e Ucrânia representam cerca de 7% das exportações polacas de calçado. Em 2021, para os dois países, a Polifonia exportou mais de 9 milhões de pares de calçado, num valor próximo dos 170 milhões de euros.
Com efeito, as exportações portuguesas para a Rússia ascendiam, em 2021, 13 milhões de euros. Assinala-se de resto, no último ano, um decréscimo de 19,5% face ao ano anterior. Já para a Ucrânia as vendas situaram-se nos 1,3 milhões de euros (quebra de 18,9%). Esses dois mercados representam menos de 1% das exportações do setor e contrariam a tendência de decréscimo que o sector do calçado registou em 2021 em praticamente todos os mercados.
“A indústria portuguesa de calçado exporta mais de 95% da sua produção para 163 países, nos cinco continentes, pelo que não está não está dependente de nenhum mercado” sublinha Luís Onofre.
O Presidente da APICCAPS lamenta, ainda assim que “o conflito na Ucrânia ocorra precisamente numa altura em que as perspetivas para o setor do calçado eram fracamente positivas”. Recorde-se que o último trimestre de 2021 foi o melhor de sempre para o calçado português. “No início do ano, havia sinais claros de que 2022 seria um ano de afirmação do calçado português nos mercados internacionais. Esperamos poder confirmar estes sinais, mesmo tendo em conta que o cenário mudou de forma dramática na última semana”.
Itália depende da Rússia Espanha, nem por isso
Entre os principais concorrentes internacionais do calçado português, a dependência face ao mercado russo não é homogénea. Já a importância da Ucrânia, é residual para Portugal, Espanha e Itália.
Em 2021, Itália exportou 3,7 milhões de pares de calçado para a Rússia, no valor de 274 milhões de euros. A Rússia significará, por esta altura, cerca de 3% das exportações italianas.
No caso de Espanha, o peso relativo do mercado russo é relativamente menor: em 2021, foram exportados 1,9 milhões de pares de calçado espanhol para a Rússia, no valor de 40 milhões de euros, O peso nas exportações espanholas é de 1,6%.
Entre os players europeus, é a Polónia que mantem a maior preocupação relativamente ao conflito. Para além das questões da geo-estratégia e da catástrofe humanitária (a Polonia já acolheu mais de um milhão de refugiados ucranianos), do ponto de vista estritamente do negócio, há uma relação estreita com os dois países. No setor de calçado, Rússia e Ucrânia representam cerca de 7% das exportações polacas de calçado. Em 2021, para os dois países, a Polifonia exportou mais de 9 milhões de pares de calçado, num valor próximo dos 170 milhões de euros.
De acordo com o World Footwear Yearbook, a Rússia importa por ano 256 milhões de pares de sapatos, 62% dos quais provenientes da China. O preço média do calçado importado ronda os 11 dólares o par. Já a Ucrânia importa anualmente 62 milhões de pares de calçado. O peso relativo da China é ainda mais preponderante e ascende a 85% das importações. O preço médio está áquem dos 6 dólares o par.
