Perspetivas para o segundo trimestre são bastante animadoras
De acordo com o Boletim Trimestral de Conjuntura, editado pela APICCAPS em parceria com o Centro de Estudos da Universidade Católica do Porto, “ultrapassados que parecem estar os momentos mais críticos da pandemia de COVID-19, a indústria portuguesa de calçado atravessa um momento muito favorável”.
Já para o segundo trimestre do ano, “as perspetivas das empresas inquiridas não foram ainda contaminadas pelos riscos de abrandamento económico que a guerra na Ucrânia exponenciou, continuando as empresas inquiridas a acreditar em novos aumentos da produção e das encomendas”. Em contrapartida, pode-se ler no referido documento, “o setor não escapa já às tendências inflacionistas que se têm vindo a manifestar, com grande parte das empresas a acreditar que os preços do calçado vão aumentar, tanto no mercado nacional, como nos mercados externos”.
A maioria das empresas (58%) acreditam que o estado dos negócios no segundo trimestre será suficiente e mais de um terço (36%) dizem que será bom, gerando um saldo de respostas extremas (s.r.e) de 30 p.p., o saldo mais elevado de que há registo. Este saldo é ainda mais elevado quando se pede uma comparação com o trimestre homólogo do ano anterior: as empresas que acreditam que o segundo trimestre de 2022 será melhor do que o de 2021 excedem em 44 pontos percentuais as que pensam que será pior.
A previsão de que o nível de emprego não se alterará obtém o maior número de respostas das empresas inquiridas (70%). O aumento da produção leva, no entanto, a que a percentagem das que acreditam numa melhoria do emprego seja claramente superior à das que preveem uma diminuição, gerando um s.r.e. de +18 p.p. Neste domínio as empresas com mais de 250 trabalhadores são as que se mostram mais otimistas.