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Consumo de calçado recupera...mas pouco

Consumo de calçado recupera...mas pouco

11 Nov, 2020

Queda de consumo de 22,2%


Ainda que esperadas, não são obviamente boas notícias: em todo o mundo, este ano, prevê-se uma queda no consumo de calçado de 22,2%. Na Ásia, com recuo estimado de 18%, as expectativas são melhores do que para o resto do mundo.

Este valor está em linha, ainda que se revele ligeiramente melhor, com a previsão anterior do World Footwear Business Conditions Survey, reveladas em abril último, e que apontava para um recuo de 22,5%. Desde esse momento, começaram a efetivar-se alguns sinais de  recuperação (contrariados nas ultimas semanas, por via da emergência de uma segunda vaga da pandemia), mas a evolução do cenário macroeconômico global ainda é bastante incerta.

Em termos práticos, deixarão de ser comercializados, em 2020, 795 milhões de pares de calçado na Europa e EUA (quebra de 24%) e 2 200 milhões no continente asiático (menos 18%).

A maioria dos membros do painel de 122 especialistas inquiridos, 58% dos quais europeus, 25% asiáticos, 17% americanos e os restantes provenientes de outros continentes, acredita que no próximo semestre a quantidade de calçado comercializado recuará, enquanto que os preços manter-se-ão estáveis, uma evolução otimista em relação às perspetivas manifestadas há apenas seis meses.

A reduzida procura, tanto no plano doméstico como nos mercados internacionais, continua a revelar-se como o principal constrangimento para os especialistas do setor. Adicionalmente, a existência de dificuldades financeiras surge como alerta-maximo no setor, sendo mencionada por quase metade dos entrevistados. A finalizar, na presente edição deste inquérito, as preocupações com a concorrência nacional e internacional voltaram aos primeiros lugares da lista das dificuldades do negócio do calçado.
 
Sneakers resistem
Se é verdade que as perspetivas quanto à evolução da quota de mercado dos diferentes tipos de calçado não mudou drasticamente no passado, continuam a acentuar-se as diferenças. Assim, as perspetivas para a comercialização, nos três próximos anos, de calçado de couro clássico, principalmente no segmento masculino, são agora mais sombrias: mais da metade dos entrevistados acredita que sua participação no mercado vai continuar a diminuir. O mesmo, 45%, acontece relativamente ao calçado feminino em couro. No plano oposto, a comercialização de sneakers ou calçado desportivo continuará a conquistar relevância e poderá aumentar mesmo 70% até 2022. Trata-se da consequência lógica das mudanças em curso nos hábitos de trabalho, com a emergência do teletrabalho em detrimento do trabalho regular em ambiente de escritório.
 
Vendas online disparam
As expectativas gerais relativamente à evolução dos canais de venda online revelaram-se extremamente promissoras desde a primeira edição do World Footwear Business Conditions Survey, em detrimento por exemplo, da evolução das lojas físicas tradicionais de retalho.

A pandemia COVID-19 parece ter contribuído para acentuar esse fenômeno. Com efeito, mais de três em cada quatro membros do painel de especialistas acredita que o comércio de calçado online, seja em plataformas específicas ou generalistas, aumentará de forma expressiva (cerca de 80%). Adicionalmente, mais de 70% prevê uma evolução muito relevante ao nível das lojas online de marca própria. Pelo contrário, quase metade dos entrevistados espera que as lojas físicas percam participação de mercado.

Mais informação aqui.

 

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