António Costa rejeitou ontem a necessita de se recorrer a um cerco sanitário nos concelhos de Paços de Ferreira, Lousada e Felgueiras. Em visita ao Norte do país, que tem registado um aumento exponencial de novas infeções por COVID-19, o primeiro-ministro descartou a possibilidade de um confinamento. 

António Costa esteve reunido com os autarcas de Paços de Ferreira, Lousada e Felgueiras para avaliar o crescimento de novos casos positivos de infeção. No final, Costa informou que "houve consenso entre todos" quanto às estratégias a adotar, que não passarão pelo cerco sanitário ou pelo confinamento. "Agora, falarei com os meus colegas do Governo para que as novas medidas sejam formalizadas", acrescentou.

O primeiro-ministro afirmou, ainda, que o Serviço Nacional de Saúde na região ainda tem capacidade para gerir o aumento de casos, tanto em relação às necessidades de internamento geral, como na unidade de cuidados intensivos.

Segundo os dados divulgados pela DGS, os seis concelhos com mais casos de COVID-19 ficam no Porto. Paços de Ferreira, Penafiel, Lousada, Paredes, Porto e Felgueiras são as cidades onde o número de novas infeções pelo novo coronavírus mais aumentou na última semana.

Entre os 43 concelhos que registam o maior número de contágios identificados pelas autoridades de saúde, 23 — ou seja, 53,5% — são da região Norte do país. Paços de Ferreira foi o que sofreu um maior aumento em sete dias, mas Lousada é o que tem uma maior concentração de casos por mil habitantes.

A reunião decorreu na Associação Empresarial de Paços de Ferreira e contou com a participação das autoridades de saúde locais.