Países europeus voltam a apertar medidas de confinamento
Do cenário de pior país para país com menos casos de COVID-19 registados. É este o cenário em Portugal. O país regista atualmente uma média de 93 casos por 100 mil habitantes, enquanto a média europeia aumentou para 283 infecções por 100 mil habitantes. Há um mês Portugal registava 1190 casos.
Itália
Algumas das medidas já tinha sido anunciadas na passa semana. Atualmente, o país tem metade das regiões do abrangidas por restrições à circulação, medida que se prolonga até ao dia 6 de abril. Estas novas medidas surgem numa semana em que o número de novos casos voltou a subir exponencialmente. Na quinta-feira passada, registaram-se 25 mil novos casos de infeção – o número mais alto registado desde novembro, e um aumento de 15% face à semana anterior.
De acordo com o primeiro-ministro italiano, o país passa por uma “nova vaga”. Mario Draghi admitiu estar consciente das dificuldades do confinamento. “Tenho noção de que as restrições vão ter consequências na educação das nossas crianças, na economia, e na saúde mental de toda a gente. Mas são necessárias para evitar que a situação piore de modo a que sejam precisas medidas ainda mais estritas.”
Em França, o confinamento está de regresso para 21 milhões de pessoas, uma vez que 16 zonas vão manter medidas mais apertadas. Jean Castex deixa o alerta para uma possível terceira vaga do vírus. No entanto o primeiro-ministro francês garante que as medidas não vão ser tão duras como as de novembro passado.
Na Alemanha, as restrições mantém-se pelo menos até à Páscoa. O ministro da Saúde, Jens Spahn, explicou que a decisão se prende com os dados recolhidos nas últimas semanas. “O crescente número de casos poderá significar que somos incapazes de tomar qualquer passo no sentido de abertura, nas próximas semanas. Pelo contrário, poderemos até recuar”.
Cenário idêntico na Hungria. O primeiro-ministro prevê uma semana crítica e decisiva. Os médicos solicitaram ao Governo que endurecesse as restrições para aliviar a pressão sobre o serviço de saúde.
Na Polónia, os serviços de saúde também estão sob pressão com o número de novos casos a aumentar. O ministro da Saúde, Adam Niedzielski, anunciou o encerramento de lojas, hotéis e outros espaços a partir de domingo.
A Grécia caminha, pelo contrário, para um levantamento de restrições na próxima semana. Ss cabeleireiros e locais arqueológicos são os primeiros a reabrir.