Comissão Europeia desbloqueou apoios para Portugal
Bruxelas permite, assim, que o Estado possa dar apoios, quer em forma de garantia, quer apoios diretos, para que pequenas, médias e grandes empresas consigam manter a atividade durante surto de COVID-19.
Tratam-se de dois regimes de apoios estatais que pretendem apoiar a economia portuguesa na sequência do surto de coronavírus e gozam de regras excecionais para este período ao abrigo do chamado Quadro Temporário.
Margrethe Vestager, vice-presidente executiva da comissão, que tem o pelouro da concorrência, assegura que “os 13 mil milhões de euros dos regimes portugueses vão permitir a Portugal conceder subvenções diretas e garantias públicas sobre empréstimos para ajudar as PME (Pequenas e Médias Empresas) e as grandes empresas a cobrir as necessidades de investimento e fundo de maneio e a prosseguir as suas atividades neste momento difícil.”
Margrethe Vestager sublinhou, ainda, que a comissão vai “continuar a trabalhar em estreita colaboração com os Estados-Membros, de forma a assegurar que as medidas nacionais de apoio possam ser implementadas de forma coordenada e eficaz, em conformidade com as regras da UE.”
Os dois regimes propostos pelo Estado português dividem-se em duas formas, por um lado um “Regime de subvenções diretas” e, por outro, um “regime de garantia estatal” para os empréstimos de investimento e fundo de maneio concedidos pelos bancos comerciais.
Podem recorrer a estes apoios as “PME e as grandes empresas que enfrentem dificuldades devido ao impacto económico do surto de coronavírus”. A comissão explica ainda que “o objetivo do regime consiste em ajudar as empresas a cobrir as suas necessidades imediatas em termos de fundo de maneio ou investimento, assegurando assim a continuação das suas atividades”.