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O regresso de Itália

O regresso de Itália

1 Mai, 2020

Empresas voltam a laborar


A indústria italiana de calçado está de regresso. Ainda que com vários condicionalismos, a 4 de maio as empresas voltam a laborar, tendo sido decretadas várias medidas de segurança e higiene para suster os efeitos da pandemia.  A reabertura do retalho ocorrerá mais tarde. Para já, a grande prioridade centra-se no setor de curtumes.

São vários os exemplos de um regresso gradual à normalidade. Uma das prioridades centra-se precisamente no setor de curtumes. A 29 de abril, abriram as primeiras empresas na região da Toscania. Uma decisão saudada pelo coordenador regional Giulia Deidda, não obstante estar de regresso ao ativo apenas com 30% da força produtiva de um setor que exporta 70% do seu volume anual de negócios próximo dos 2 000 milhões de euros. A principal preocupação atual centra-se na contenção da deteorização das milhares e milhares de peles armazenadas.
 
 Sérgio Rossi, Prada  e os outros
 
De regresso ao trabalho está a emblemática Sergio Rossi. Mas nada será como antes, depois de perdido o seu fundador, Sergio Rossi, precisamente para a pandemia. “A fábrica está pronta para voltar a funcionar: mais de 90% dos 250 funcionários querem voltar ao trabalho, com todas as proteções necessárias, é claro. No dia 25 de abril, reiniciámos os serviços administrativos, o desenvolvimento de produtos e prototipagem”, destaca Riccardo Sciutto. Para o CEO da empresa não há tempo a perder. “Em maio, já deveríamos estar a apresentar a coleção primavera-verão para o próximo ano”.  No total, a empresa fatura anualmente 66 milhões de euros e emprega 500 colaboradores nas diversas atividades, sejam de cariz produtivo ou na rede de retalho. Das 55 lojas Sergio Rossi espalhadas pelo mundo, 33 estão sedeadas na Ásia, em especial na China, em Hong Kong e no Japão.
 
Também a Prada reabre as suas operações no início de maio nas suas fábricas na Toscana. O acordo da empresa com os sindicatos, denominado protocolo anti-COVID19, é abrangente, prevê testes regulares, com uma triagem dupla para os funcionários das empresas e os seus familiares. Além da cedência de máscaras, luvas e gel desinfetante, a Prada assegura uma higienização regular das instalações fabris e tempos de produção mais curtos e por turnos. A ligação ao hospital de Florença Careggi permitirá uma avaliação diária da temperatura a todos os colaboradores do Grupo.
 
Procedimento idêntico foi assumido por outra das bandeiras da indústria italiana. A Valentino também recomeça na segunda-feira, 4 de maio, com um protocolo fortalecido. Já na Gucci, a decisão é distinta. De volta ao ativo estão apenas 10% dos colaboradores do laboratório criativo. "Após cuidadosa consideração - explicou Marco Bizzarri, Presidente e CEO da Gucci -, decidimos reabrir o protótipo do ArtLab, de acordo com os sindicatos e garantindo o nível máximo de segurança e com todas as precauções necessárias definidas”.
 
Já Claudio Marenzi, presidente da Confindustria Moda, defendeu a reabertura de todas as empresas da fileira da moda.  “Se não começarmos imediatamente, correremos sérios riscos de perder", alertou.
 
De acordo com o World Footwear Yearbook, Itália é o 10º produtor mundial de calçado. Exporta, anualmente, 203 milhões de pares de calçado, num valor próximo dos 11 mil milhões de dólares, em especial para França (1741 milhões de dólares), Suíça (1678 milhões), Alemanha (1212 milhões), EUA (1109 milhões) e Reino Unido (754 milhões de dólares). Estes cinco países, em conjunto representam mais de metade das vendas italianas no exterior.

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