Portugal exportou 5,8 milhões de pares de calçado, no valor de 142 milhões de euros.
Fora do espaço comunitário, as vendas para o Reino Unido aumentaram 11,7% para 96 milhões de euros. Já as exportações para os “states” aumentaram 14,4% para 68 milhões de euros. Austrália (mais 39,7% para 8 milhões de euros), China (mais 7,3% para 17,6 milhões de euros), Hong Kong (mais 36,2% para 3 milhões de euros) e Israel (mais 71,5% para 2,4 milhões de euros) também revelam sinais de recuperação.
“O ano de 2021 foi já, como se esperava, de recuperação do setor”, destaca Paulo Gonçalves. “Em vários mercados – continuou - foi já possível chegar a níveis anteriores aos da pandemia”. Ainda assim, de acordo com o porta-voz da APICCAPS “recuperação será mais lenta do que desejamos”, uma vez que “todos os indicadores, sugerem que o setor do calçado a nível internacional só recupere plenamente em 2023”. No caso português, “há a expectativa de que conseguimos atingir esse desiderato mais cedo, já em 2022”.
Conjuntura anima
De acordo com o Boletim de Conjuntura da APICCAPS, “a indústria portuguesa de calçado viveu, no terceiro trimestre, o período mais favorável dos últimos dois anos. Todos os indicadores – produção, encomendas, preços, emprego – evoluíram de forma muito positiva, superando as expectativas existentes e, em vários casos, estabelecendo novos máximos históricos”.
O foco das preocupações da indústria “inverteu-se, passando das questões comerciais que habitualmente predominam para os fatores de produção: o abastecimento de matérias-primas é agora a principal limitação enfrentada pela indústria, seguida de perto pela escassez de mão-de-obra. As empresas fazem agora uma avaliação positiva do estado de negócios, o que acontece pela primeira vez desde o início da pandemia de COVID-19”.
As empresas inquiridas acreditam que “este estado de coisas se prolongará para o último trimestre do ano, com um crescimento adicional das encomendas e da produção que permitirá continuar a aumentar o emprego na indústria”. De acordo com o refiro inquérito, “embora a apreciação positiva da conjuntura seja generalizada, as perspetivas são tanto mais favoráveis quanto maior a dimensão e a vocação exportadora dos inquiridos”.
2022 promete