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Consumo mundial de calçado cresce 6% em 2022

Consumo mundial de calçado cresce 6% em 2022

9 Mai, 2022

Resultados do Business Condition Survey do World Footwear


O consumo mundial de calçado deverá crescer 6% em 2022, de acordo com as projeções do último Business Condition Survey. O painel de especialistas do World Footwear acredita que o maior crescimento (8,9%)  deverá ser registado na Ásia, seguido de América do Sul (7%) e na África (6,8%). Na Europa o crescimento previsto é de 5,2% e na América do Norte de 2,5%.

No que diz respeito à quantidade de calçado comercializado, 64% dos entrevistados espera que este valor cresça e 22% que estabilize. Os inquiridos na Ásia e na América do Sul estão mais otimistas do que em qualquer outro continente, sendo que 80% espera que as vendas aumentem.
 
De acordo com o Business Condition Survey – que contou com 108 respostas válidas de especialistas da Europa (48%), Ásia (22%), América do Norte e do Sul (14% e 9%) e África (7%) - o ano de 2022 será de crescimento para a indústria mundial de calçado, com o consumo e os preços a crescerem. Mas neste cenário, também aumentam as preocupações, com a inflação, as matérias-primas e a guerra a condicionarem o normal funcionamento do mercado.
 
Um ano de recuperação
Os dados mais recentes do comércio de calçado apontam para um período de recuperação da indústria muito positivo em 2021. Quando comparado com 2020, as importações aumentaram na maioria dos principais mercados mundiais de calçado. No entanto, a inflação, o aumento dos preços da energia e a guerra alteraram as projeções iniciais de crescimento económico para este ano. As últimas projeções do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial estimam um crescimento mais suave do PIB mundial em 2022.
 
Ainda assim, a maioria dos entrevistados desta edição do Business Conditions Survey acredita que a ‘saúde dos negócios’ nos próximos seis meses será forte (53%) ou muito forte (15%).
 
Preços
Os preços da energia e das matérias-primas foram aumentando rapidamente nos últimos meses em diferentes partes do mundo e, por isso, 97% dos especialistas acreditam que é muito provável (69%) ou provável (28%) que o preço do calçado seja reajustado nos próximos seis meses.
 
Em média, os especialistas esperam o aumento dos preços seja na ordem dos 8,4% no próximo semestre, com um máximo de 9,8% na Europa e um mínimo de 5,7% na América do Norte.
As expectativas para a evolução dos preços no retalho de calçado são altas: metade dos especialistas espera que os preços aumentem (entre 5% e 20%) e 35% esperam que aumentem de forma moderada (entre 1,5% e 5%) ao longo dos próximos seis meses.
 
Emprego
Há uma expectativa geral mais otimista em relação à evolução do emprego, sendo que os europeus são os que revelam menor optimismo:  48% dos entrevistados espera que o emprego  estabilize e apenas 39% antevê que aumente.
 
Condicionantes
As principais dificuldades apontadas pela maioria dos inquiridos são o custo das matérias-primas ou das mercadorias (84%); os problemas com a mão de obra (40%) e dificuldades financeiras (28%) são igualmente relevantes.
 
Crescimento do digital
Cerca de dois terços dos especialistas entrevistados acreditam que os canais de retalho digital  vão ganhar importância na venda de calçado nos próximos três anos. As previsões são muito mais ‘sóbrias’ no que diz respeito às lojas físicas, sendo que apenas um terço dos entrevistados acredita que vão crescer nos próximos três anos.
 
Entre as lojas físicas, espera-se que o retalho em larga escala tenha um desempenho melhor do que outros formatos. As visões sobre a evolução de outros canais de retalho não especificados continuam a ser positivas, mas registam um saldo de respostas inferior ao da edição anterior deste inquérito
 
De acordo com Luís Onofre, “não obstante os sinais de alarme provocados por um inesperado conflito na Europa, os sinais deste inquérito parecem confirmar os bom indicadores de que 2022 será um ano de recuperação do setor do calçado a nível internacional”. “Esperamos que este seja um ano de afirmação do calçado português nos mercados externos”, sublinha o Presidente da APICCAPS.

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