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Calçado alia à tradição, a criatividade, o conhecimento e a tecnologia

Calçado alia à tradição, a criatividade, o conhecimento e a tecnologia

16 Set, 2022

Nuno Mangas presidente do COMPETE


O que mais se pode dizer de uma indústria dita tradicional que se reinventou e colocou as exportações portuguesas de calçado com "melhores resultados de sempre" no 1º semestre de 2022.

O mercado é exigente, o consumidor atual requer conforto sem que o mesmo resida num dos modelos eternos. E exploram-se os sapatos como nuances de paixão. O sapato que seduz, com peles de primeira qualidade, manufaturados e artesanais, inova-se na tradição e apresenta-se com o máximo conforto em designs únicos. Surgem nichos e oportunidades, fruto da capacidade de adaptação às características de pequenos segmentos de mercado com necessidades exclusivas, que aceitam o valor acrescido destes mesmos produtos. Processos produtivos flexíveis, capacidade de personalização, expedição e entrega fracionada são características necessárias para quem quer atuar nesse tipo de negócio e as empresas deste setor souberam fazê-lo.

Indo além da funcionalidade essencial, o requinte imaginativo de recursos ornamentais, gerador “de moda”, fez uma permanente adaptação da pura e simples função de calçar os pés na graça de enfeitá-los, ou quem sabe, destacá-los. Nesse processo, as mutações de comportamento foram causadoras de mudanças no design do calçado e as razões para o uso deste ou daquele modelo. Os sapatos ganharam alma, as formas e os materiais multiplicaram-se e pontuaram características de quem os usava.

É neste contexto que a indústria nacional se soube posicionar. Apostando no design, na sustentabilidade, na ampliação dos sistemas produtivos e na incorporação de tecnologias digitais, em melhores canais de distribuição e comunicação, e, sobretudo, na acumulação de experiência e conhecimento, através de um trabalho contínuo e robusto com as entidades do Sistema Científico e Tecnológico. Hoje, este é assumidamente um setor que alia à tradição, a criatividade, o conhecimento e a tecnologia.

Ao longo das últimas décadas, o sector sempre contou com os fundos da União Europeia para a implementação da sua estratégia sectorial. A internacionalização e o acesso a novos mercados sempre assumiram um papel central, assim como o trabalho de diferenciação, apostando em I&D e na qualificação dos Recursos Humanos. Ao longo dos últimos anos, este setor contou com apoio financeiro de 126 milhões de euros no âmbito do COMPETE 2020, correspondendo a 176 milhões de euros de investimento elegível.

Num sector constituído sobretudo por empresas de pequena dimensão, os apoios públicos foram e são essenciais para a implementação de atuações coordenadas; já que estas não podem ser valorizadas pelas empresas.

Acreditamos que o COMPETE tem sido e continuará a ser um parceiro na implementação da estratégia deste setor, que sabe utilizar os instrumentos de política pública para se manter dinâmico e competitivo, mesmo nos momentos mais difíceis e desafiantes como são aqueles que atravessamos. 

Nuno Mangas, Presidente do Compete


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