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Indústria com sentimento agridoce relativamente aos novos apoios

 Indústria com sentimento agridoce relativamente aos novos apoios

16 Set, 2022

CIP considera que medidas vão no sentido correto


“As medidas de apoio às empresas apresentadas pelo Governo vão no sentido correto”. Perante as dificuldades provocadas pelo aumento persistente e prolongado dos custos das empresas, a CIP — Confederação Empresarial de Portugal considera que “as medidas anunciadas, que terão de ser executadas imediatamente, sem perdas de tempo e sem as tradicionais burocracias que tudo dificultam, podem ajudar as empresas de diversos sectores a gerir melhor as dificuldades, nalguns casos extremas, que enfrentam e ameaçam a sua sobrevivência e, por conseguinte, a manutenção do emprego”.


De acordo com a Confederação Empresarial Portuguesa “as políticas públicas anunciadas pelo ministro da Economia tocam em diversas preocupações assinaladas em tempo útil pela CIP, designadamente o apoio mais consistente às empresas, entre elas muitas PME, cuja atividade implica o uso intensivo de energia”. A definição de incentivos que favorecem os investimentos destinados à transição e eficiência energéticas, a majoração dos custos em sede de IRC e, ponto relevante, a prorrogação de uma norma de atualização extraordinária de preços — que não pode aplicar-se apenas às empreitadas públicas, tem de ter um escopo mais alargado — podem também ajudar a mitigar as enormes perdas que se acumulam há longos meses.

Relativamente à nova linha de empréstimos com garantia mútua (600M€), a CIP “compreende o mecanismo, mas em regra as empresas não precisam de mais endividamento”. “Lembramos que já durante a pandemia o Governo abriu linhas semelhantes, ao contrário do que aconteceu em muitos países europeus, onde os apoios diretos foram a norma. Numa altura em que a subida de juros parece estar ainda no início, o endividamento, apesar de neste caso em condições mais favoráveis, tem de ser tratado com extrema prudência”, salientou.

A CIP lamenta ainda, que as medidas fiscais apresentadas pelo Governo se “revelem fracas e ficam, portanto, aquém das necessidades. O pacote de medidas não mexe no IVA da eletricidade, gás e combustíveis, como seria importante que fizesse”.

O apoio às empresas que fazem uso intensivo de gás aproxima-se dos programas francês e alemão, mas só é aplicável a indústrias intensivas em gás e não em eletricidade. A CIP propõe, desde já, que esta medida seja imediatamente repensada.

A confederação patronal, que representa a APICCAPS na concertação social, considera ainda ser “fundamental acelerar o PT 2020, o PRR e também as medidas a cargo do BPF, designadamente a conversão de 20% dos empréstimos em fundo perdido. Os atrasos registados nestes três pilares colocam Portugal em desvantagem face aos outros países”. A CIP espera, ainda, que “no âmbito de um eventual acordo médio prazo ou/e no âmbito do Orçamento do Estado de 2023 o Governo seja capaz de agir atempadamente, antevendo os difíceis trimestres que vamos certamente atravessar. É fundamental proteger e incentivar a produtividade e a competitividade do nosso país. Deste desígnio dependem a manutenção do emprego e a coesão nacional”.
 

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