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Hungria no horizonte das empresas portuguesas

Hungria no horizonte das empresas portuguesas

13 Set, 2023

Ação comercial em Budapeste


Ainda que a indústria portuguesa de calçado exporte já mais de 95% da sua produção, no setor persiste a convicção que ainda há muito mercado por explorar. Na Europa de Leste, por exemplo, há várias oportunidades em aberto. Com esta convicção, mais de 10 empresas de calçado, nomeadamente as marcas de maior expressão viajam, já em novembro, para a Hungria, numa ação comercial empreendida pela APICCAPS em parceria com a AICEP e o apoio do programa Compete.

“A Hungria, com 93 mil quilómetros quadrados e 10 milhões de habitantes, é na Europa, quanto a dimensão e população, um dos países que mais se assemelha a Portugal. Tem um posicionamento privilegiado na Europa Central, faz fronteira com 7 países, 5 dos quais da UE e é também, potencialmente, para o comércio e os negócios, um importante país "ponte e porta de entrada para os mercados vizinhos”,  considera Joaquim Pimpão.
 
De acordo com o responsável da AICEP na Hungria, “a capital Budapeste, que representa cerca de 1/4 da população, é uma cidade dinâmica e cosmopolita, que não fica nada a dever a outra grande capital europeia. Além disso, pela sua "movida", está na moda e é um dos destinos preferidos da juventude”.
 
Joaquim Pimpão lamenta que,  “a presença de Portugal no mercado seja residual”. Assim, este “regresso à Hungria pela mão da APICCAPS, com o apoio da AICEP, é um momento muito especial, seja para relançar - como se pretende-as exportações do calçado português, seja para tomar pulso e passar a conhecer melhor a realidade deste mercado da Europa Central”.

No Leste da Europa, a Hungria é um dos países que desperta mais curiosidade. Não obstante o PIB per capita relativamente baixo de 17 301 dólares (que compara, por exemplo, com 24 522 de Portugal ) tem vindo a crescer de forma sustentada (mais de 18% nos últimos cinco anos, cerca do dobro do crescimento português).

Ao nível do setor do calçado, e ao contrário do que seria expectável, a sua indústria não evoluiu de forma muito expressiva, pelo que são produzidos anualmente apenas 13 milhões de pares de calçado. Já os importações têm vindo a aumentar de forma expressiva, ascendendo em 2022, de acordo com o World Footwear, a 60 milhões de pares, no valor de 691 milhões de euros.

Nesta ação de charme do calçado português na Hungria, que se realizará  nos dias 20 e 21 de novembro, para além de uma exposição comercial destinada aos profissionais húngaros, está previsto um contacto direto com o setor retalhista, através da organização de um programa orientado de visitas.


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