Colocar as empresas na frente do processo formativo
“Colocar as empresas na frente do processo formativo”. É este o objetivo do Learning Factories, um projeto europeu de formação integrado no Erasmus+, liderado pela empresa de marroquinaria Belcinto e que conta com o apoio do Centro Tecnológico do Calçado (CTCP).
Dar mais protagonismo às empresas, permitindo-lhes serem elas a organizar e a pensar a formação que lhe interessa é o grande fundamento deste projeto. De acordo com Rita Souto, responsável de formação do CTCP “as empresas têm capacidade para serem responsáveis pelo seu processo formativo. Assim, podem organizar formações de acordo com as suas necessidades, conhecem melhor os processos e as pessoas”. No fim, a responsável do CTCP defende que as “empresas acabam por ter um maior comprometimento com o processo e deixam de ser agentes passivos, para passarem a ser os protagonistas”.
Mas, para além de novos programas de formação de curta duração e novos conteúdos formativos, pretende-se “desenvolver um modelo formativo diferente em que empresas e entidades formadores trabalhem mais em cooperação” para obter a formação que mais lhes interessa.
Este tipo de projetos vai ao encontro do defendido pelo Plano Estratégico do Cluster do Calçado 2030, recentemente apresentado. No Eixo 1, Qualificação de Pessoas, pode ler-se que a “capacitação dos recursos humanos do cluster não é algo que possa ser feito sem o envolvimento das empresas. Importa que as atividades de capacitação a desenvolver vão ao encontro às suas necessidades e isso exige, no mínimo, a sua atenta auscultação. Mas, nalguns casos, que se pretendem incentivar, as empresas estão em condições de assumir a responsabilidade por organizar internamente as suas próprias atividades de formação, tornando-se verdadeiras learning factories”.
O projeto surge como continuidade do LEIA, um projeto igualmente ERASMUS+ e que foi considerado uma Boa Prática em 2024, no seu tipo de projetos, um dos três melhores projetos premiados em 2024.
Ana Maria Vasconcelos explica que esta “é a primeira vez que a Belcinto é coordenadora de um projeto Erasmus. No anterior projeto onde estávamos como parceiros, fomos desafiados pela Agência Erasmus a concorrer como Promotores, para que aparecessem novos nomes a liderar estes projetos, e sempre tivemos alguns sonhos que gostávamos de ver concretizados, e o projetos das Fábricas-Escola é algo que nos alicia muito”.
A formação é umas traves-mestras da empresa de marroquinaria de S. João da Madeira. Depois de ter integrado o projeto LEIA, onde o CTCP era o coordenador, neste Learning Factories a Belcinto assume o papel de coordenação enquanto o CTCP é um dos muitos parceiros. Ana Maria Vasconcelos defende que a colaboração entre ambos “é sempre muito intensa”. “Temos objetivos comuns, e os interesses dos projetos ultrapassam os interesses individuais de cada organização em si, pelo que não notamos diferença nos papeis. Sempre recebemos da parte do CTCP toda a colaboração que a sua larga experiência neste campo pode trazer para que os projetos sejam bem-sucedidos, e quem sabe, levar outra vez o projeto Learning Factory ao patamar de excelência”.
Uma solução para o futuro?
Podemos afirmar que este tipo de projetos podem ser um primeiro passo para desvendar o futuro? “Estes projetos, onde as parcerias são uma mais-valia, são uma forma das próprias empresas abrirem as portas ao exterior, e terem acesso a um conhecimento mais alargado do que se faz fora de portas, em países com diferentes culturas, e assim, com diferentes abordagens”.
A título de exemplo, outras empresas da indústria já têm projetos similares, ainda que em pequena escala, como é o caso da empresa de componentes ALOF com a “Academia ALOFT” ou a CEI com a “CEI Competências”.
Rita Souto defende que as empresas devem tomar as “redes dos seus processos formativos, e auxiliarem-se junto das entidades competentes”. Isto permitirá não só “um maior comprometimento com o processo, mas também uma maior capacidade de conhecimento interno”.
Além de dar a cara pela Belcinto, Ana Maria Vasconcelos é também reconhecida pela ligação a uma empresa de economia social que tem, entre outros, como objetivo a formação de voluntários. “As organizações da Economia Social já têm como hábito concorrerem a projetos Erasmus como forma de disseminarem o que até ali aprenderam, por um lado, e por outro fazerem projetos inovadores, com parceiros internacionais, que trazem como disse anteriormente, outras visões, e outras práticas, permitindo concluir projetos verdadeiramente inovadores e replicáveis nos países que participas nestes projetos. Também no voluntariado, pretendemos atingir patamares de verdadeiro profissionalismo, com a componente de Inovação e Desenvolvimento de criação de conhecimento e valores que levem a prática do voluntariado a resultados mais eficazes e que provoquem a verdadeira mudança no mundo”.
Dar mais protagonismo às empresas, permitindo-lhes serem elas a organizar e a pensar a formação que lhe interessa é o grande fundamento deste projeto. De acordo com Rita Souto, responsável de formação do CTCP “as empresas têm capacidade para serem responsáveis pelo seu processo formativo. Assim, podem organizar formações de acordo com as suas necessidades, conhecem melhor os processos e as pessoas”. No fim, a responsável do CTCP defende que as “empresas acabam por ter um maior comprometimento com o processo e deixam de ser agentes passivos, para passarem a ser os protagonistas”.
Mas, para além de novos programas de formação de curta duração e novos conteúdos formativos, pretende-se “desenvolver um modelo formativo diferente em que empresas e entidades formadores trabalhem mais em cooperação” para obter a formação que mais lhes interessa.
Este tipo de projetos vai ao encontro do defendido pelo Plano Estratégico do Cluster do Calçado 2030, recentemente apresentado. No Eixo 1, Qualificação de Pessoas, pode ler-se que a “capacitação dos recursos humanos do cluster não é algo que possa ser feito sem o envolvimento das empresas. Importa que as atividades de capacitação a desenvolver vão ao encontro às suas necessidades e isso exige, no mínimo, a sua atenta auscultação. Mas, nalguns casos, que se pretendem incentivar, as empresas estão em condições de assumir a responsabilidade por organizar internamente as suas próprias atividades de formação, tornando-se verdadeiras learning factories”.
O projeto surge como continuidade do LEIA, um projeto igualmente ERASMUS+ e que foi considerado uma Boa Prática em 2024, no seu tipo de projetos, um dos três melhores projetos premiados em 2024.
Ana Maria Vasconcelos explica que esta “é a primeira vez que a Belcinto é coordenadora de um projeto Erasmus. No anterior projeto onde estávamos como parceiros, fomos desafiados pela Agência Erasmus a concorrer como Promotores, para que aparecessem novos nomes a liderar estes projetos, e sempre tivemos alguns sonhos que gostávamos de ver concretizados, e o projetos das Fábricas-Escola é algo que nos alicia muito”.
A formação é umas traves-mestras da empresa de marroquinaria de S. João da Madeira. Depois de ter integrado o projeto LEIA, onde o CTCP era o coordenador, neste Learning Factories a Belcinto assume o papel de coordenação enquanto o CTCP é um dos muitos parceiros. Ana Maria Vasconcelos defende que a colaboração entre ambos “é sempre muito intensa”. “Temos objetivos comuns, e os interesses dos projetos ultrapassam os interesses individuais de cada organização em si, pelo que não notamos diferença nos papeis. Sempre recebemos da parte do CTCP toda a colaboração que a sua larga experiência neste campo pode trazer para que os projetos sejam bem-sucedidos, e quem sabe, levar outra vez o projeto Learning Factory ao patamar de excelência”.
Uma solução para o futuro?
Podemos afirmar que este tipo de projetos podem ser um primeiro passo para desvendar o futuro? “Estes projetos, onde as parcerias são uma mais-valia, são uma forma das próprias empresas abrirem as portas ao exterior, e terem acesso a um conhecimento mais alargado do que se faz fora de portas, em países com diferentes culturas, e assim, com diferentes abordagens”.
A título de exemplo, outras empresas da indústria já têm projetos similares, ainda que em pequena escala, como é o caso da empresa de componentes ALOF com a “Academia ALOFT” ou a CEI com a “CEI Competências”.
Rita Souto defende que as empresas devem tomar as “redes dos seus processos formativos, e auxiliarem-se junto das entidades competentes”. Isto permitirá não só “um maior comprometimento com o processo, mas também uma maior capacidade de conhecimento interno”.
Além de dar a cara pela Belcinto, Ana Maria Vasconcelos é também reconhecida pela ligação a uma empresa de economia social que tem, entre outros, como objetivo a formação de voluntários. “As organizações da Economia Social já têm como hábito concorrerem a projetos Erasmus como forma de disseminarem o que até ali aprenderam, por um lado, e por outro fazerem projetos inovadores, com parceiros internacionais, que trazem como disse anteriormente, outras visões, e outras práticas, permitindo concluir projetos verdadeiramente inovadores e replicáveis nos países que participas nestes projetos. Também no voluntariado, pretendemos atingir patamares de verdadeiro profissionalismo, com a componente de Inovação e Desenvolvimento de criação de conhecimento e valores que levem a prática do voluntariado a resultados mais eficazes e que provoquem a verdadeira mudança no mundo”.