26 empresas portuguesas participarão já durante o mês de agosto na Atlanta Shoe Market, nos EUA
Ainda que já exporte mais de 90% da sua produção para 173 países, nos cinco continentes, o mercado norte-americano é a grande aposta da indústria portuguesa de calçado para a próxima década. Em resultado, 26 empresas portuguesas participarão já durante o mês de agosto na Atlanta Shoe Market, nos EUA.
A delegação portuguesa na feira de Atlanta, que se realiza entre os dias 10 e 12 de agosto, será constituída por 15 empresas nacionais, ao qual se associam outras 11 já representadas nos “states” pelos seus agentes comerciais.
“Este é o nosso momento da verdade nos EUA”, considera Luís Onofre. Na última década, as exportações portuguesas de calçado para os Estados Unidos quadruplicaram para 100 milhões de euros no final de 2023. Para o Presidente da APICCAPS “para além de termos consolidado, nos últimos anos, a nossa presença no mercado europeu, em mercados tão relevantes como Alemanha, França, Itália ou Reino Undo, fomos dando passos seguros nos EUA, maior e mais exigente mercado internacional”. “Fomos conquistando o nosso espaço, mas sentimos que estamos apenas a começar, na medida em que temos condições de sermos um player de referência nos EUA”.
Forte investimento
em curso
A indústria portuguesa de calçado ultrapassou recentemente Espanha e passou a assumir-se como o segundo produtor de calçado da Europa. Apurados os resultados finais pelo Eurostat, Portugal produziu, anualmente, 85 milhões de pares de calçado, ligeiramente acima dos concorrentes espanhóis.
Na última década, a produção de calçado em Portugal aumentou 14,4% (de 74 para 85 milhões de pares), que compara com um recuo de 14% (de 97 para 83 milhões) da indústria espanhola. Melhor só Itália, ainda que, ano após ano, esteja a perder terreno para Portugal. Com efeito, a indústria italiana deu um passo atrás, decresceu 18,6% desde 2012 para 162 milhões de pares produzidos em 2022 (longe dos 199 milhões uma década antes)
O Presidente da APICCAPS recorda os investimentos em curso nos domínios da sustentabilidade e indústria 4.0 (automação e digitação) “estão a dar um novo um impulso à indústria portuguesa”. Com efeito, a indústria portuguesa tem já em curso um investimento de 140 milhões de euros até final de 2025. Até 2030, no âmbito do Plano Estratégico, prevê investir 600 milhões de euros em domínios como Inovação, qualificação e intermacionlizaçlão, bem como “na criação de uma nova geração de produtos” como, por exemplo, biomateriais (como cascas de fruta), materiais naturais (como cortiça e madeira) ou materiais reciclados.
Em simultâneo, o setor está a trabalhar em domínios como eficiência energética, redução do consumo de água ou mesmo eco design. “Todos os anos são produzidos 24 mil milhões de pares de sapatos, cerca de 90% são feitos na Ásia, o que equivale a dizer que cada 9 em 10 pessoas usam sapatos asiáticos. Nós não consideramos que seja sustentável, pelo contrário, entendemos que existe espaço no mercado para um pequeno 'player' como Portugal”, destacou Luis Onofre.
“Know how acumulado, capacidade de desenvolvimento, nomeadamente ao nível de soluções sustentáveis, grande qualidade a preços justos” são, na ótica de Luís Onofre, os grande argumentos competitivos das empresas portuguesas.
O maior mercado
A delegação portuguesa na feira de Atlanta, que se realiza entre os dias 10 e 12 de agosto, será constituída por 15 empresas nacionais, ao qual se associam outras 11 já representadas nos “states” pelos seus agentes comerciais.
“Este é o nosso momento da verdade nos EUA”, considera Luís Onofre. Na última década, as exportações portuguesas de calçado para os Estados Unidos quadruplicaram para 100 milhões de euros no final de 2023. Para o Presidente da APICCAPS “para além de termos consolidado, nos últimos anos, a nossa presença no mercado europeu, em mercados tão relevantes como Alemanha, França, Itália ou Reino Undo, fomos dando passos seguros nos EUA, maior e mais exigente mercado internacional”. “Fomos conquistando o nosso espaço, mas sentimos que estamos apenas a começar, na medida em que temos condições de sermos um player de referência nos EUA”.
Forte investimento
em curso
A indústria portuguesa de calçado ultrapassou recentemente Espanha e passou a assumir-se como o segundo produtor de calçado da Europa. Apurados os resultados finais pelo Eurostat, Portugal produziu, anualmente, 85 milhões de pares de calçado, ligeiramente acima dos concorrentes espanhóis.
Na última década, a produção de calçado em Portugal aumentou 14,4% (de 74 para 85 milhões de pares), que compara com um recuo de 14% (de 97 para 83 milhões) da indústria espanhola. Melhor só Itália, ainda que, ano após ano, esteja a perder terreno para Portugal. Com efeito, a indústria italiana deu um passo atrás, decresceu 18,6% desde 2012 para 162 milhões de pares produzidos em 2022 (longe dos 199 milhões uma década antes)
O Presidente da APICCAPS recorda os investimentos em curso nos domínios da sustentabilidade e indústria 4.0 (automação e digitação) “estão a dar um novo um impulso à indústria portuguesa”. Com efeito, a indústria portuguesa tem já em curso um investimento de 140 milhões de euros até final de 2025. Até 2030, no âmbito do Plano Estratégico, prevê investir 600 milhões de euros em domínios como Inovação, qualificação e intermacionlizaçlão, bem como “na criação de uma nova geração de produtos” como, por exemplo, biomateriais (como cascas de fruta), materiais naturais (como cortiça e madeira) ou materiais reciclados.
Em simultâneo, o setor está a trabalhar em domínios como eficiência energética, redução do consumo de água ou mesmo eco design. “Todos os anos são produzidos 24 mil milhões de pares de sapatos, cerca de 90% são feitos na Ásia, o que equivale a dizer que cada 9 em 10 pessoas usam sapatos asiáticos. Nós não consideramos que seja sustentável, pelo contrário, entendemos que existe espaço no mercado para um pequeno 'player' como Portugal”, destacou Luis Onofre.
“Know how acumulado, capacidade de desenvolvimento, nomeadamente ao nível de soluções sustentáveis, grande qualidade a preços justos” são, na ótica de Luís Onofre, os grande argumentos competitivos das empresas portuguesas.
O maior mercado
do mundo
De acordo com o World Footwear Yearbook, os EUA são o maior mercado mundial de calçado. Anualmente, importa mais de 2700 milhões de pares de calçado, em valores próximos dos 37 mil milhões de dólares (dados de 2022).
A China é tradicionalmente o maior fornecedor do mercado, com uma quota próxima dos 60% (o equivalente a 1600 milhões de pares), seguida de Vietname (quota de 24% referente a 654 milhões de pares) e Indonésia (quota de 7% alusivos a 195 milhões de pares em 2022).
Para Portugal, os EUA são um mercado estratégico, perfilando-se atualmente como o 5º mercado de destino das suas exportações.
De acordo com o World Footwear Yearbook, os EUA são o maior mercado mundial de calçado. Anualmente, importa mais de 2700 milhões de pares de calçado, em valores próximos dos 37 mil milhões de dólares (dados de 2022).
A China é tradicionalmente o maior fornecedor do mercado, com uma quota próxima dos 60% (o equivalente a 1600 milhões de pares), seguida de Vietname (quota de 24% referente a 654 milhões de pares) e Indonésia (quota de 7% alusivos a 195 milhões de pares em 2022).
Para Portugal, os EUA são um mercado estratégico, perfilando-se atualmente como o 5º mercado de destino das suas exportações.