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Descida acentuada da inflação

Descida acentuada da inflação

7 Mai, 2020

A inflação deverá atingir 0,6 % em 2020 e 1,3 % em 2021.


As previsões da Comissão Europeia, divulgadas ontem, preveem uma diminuição significativa dos preços no consumidor este ano, devido à quebra da procura e à queda acentuada dos preços do petróleo que, em conjunto, deverão mais do que compensar quaisquer aumentos isolados dos preços decorrentes de perturbações na cadeia de abastecimento relacionadas com a pandemia.

Atualmente, projeta-se que a inflação na área do euro, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), atinja 0,2 % em 2020 e 1,1 % em 2021. No que respeita à UE, a inflação deverá atingir 0,6 % em 2020 e 1,3 % em 2021.
Medidas estratégicas decisivas provocarão um aumento da dívida e dos défices públicos Os Estados-Membros reagiram de forma decisiva, tendo adotado medidas orçamentais para limitar os prejuízos económicos causados pela pandemia. Os denominados «estabilizadores automáticos», como o pagamento de prestações da segurança social, em conjugação com as medidas orçamentais discricionárias, deverão resultar no aumento das despesas. Em consequência, prevê-se um aumento do défice público agregado da área do euro e da UE, que deverá passar de apenas 0,6 % do PIB em 2019 para cerca de 8,½% em 2020, antes de diminuir para aproximadamente 3,½% em 2021.

Após uma trajetória decrescente desde 2014, o rácio dívida pública/PIB deverá igualmente aumentar. Na área do euro, prevê-se que este rácio aumente de 86 % em 2019 para 102,¾ % em 2020, devendo em seguida diminuir para 98,¾ % em 2021. Na UE, prevê-se que aumente de 79,4 % em 2019 para cerca de 95 % em 2020, devendo em seguida diminuir para 92 % em 2021. Contexto de incerteza excecionalmente elevada e riscos de revisão em baixa As previsões da primavera estão sujeitas a um maior grau de incerteza do que acontece habitualmente. Assentam num conjunto de premissas quanto à evolução da pandemia de coronavírus e às medidas de confinamento associadas. O cenário de base projetado pressupõe que as medidas de confinamento sejam progressivamente eliminadas a partir de maio.

Os riscos inerentes a estas previsões são também excecionalmente elevados e tendem para a revisão em baixa.
Uma pandemia mais grave e duradoura do que aquilo que é atualmente projetado poderá vir a provocar uma descida do PIB muito mais acentuada do que se previa no cenário de base em que assentam as previsões. Na falta de uma estratégia de recuperação comum, firme e atempada a nível da UE prevalece o risco de a crise poder conduzir a graves distorções no mercado único e a profundas divergências económicas, financeiras e sociais entre os Estados-Membros da área do euro. Existe também o risco de a pandemia poder desencadear mudanças comportamentais mais drásticas e permanentes no que respeita às cadeias de valor mundiais e à cooperação internacional, o que afetaria a economia europeia extremamente aberta e interligada. A pandemia poderá igualmente causar danos irreversíveis, devido às falências e a problemas duradouros nos mercados de trabalho.

O risco de imposição de direitos aduaneiros após o termo do período de transição entre a UE e o Reino Unido poderá igualmente travar o crescimento, embora mais no Reino Unido do que na UE.

Em relação ao Reino Unido, uma hipótese puramente técnica
Uma vez que as futuras relações entre a UE e o Reino Unido ainda não são claras, as projeções para 2021 baseiam-se na hipótese puramente técnica de manutenção da situação atual no que respeita às relações comerciais. Esta hipótese é formulada unicamente para efeitos da elaboração das previsões e não reflete qualquer antecipação ou expectativa quanto aos resultados das negociações entre a UE e o Reino Unido sobre o futuro das suas relações.

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