Economia portuguesa deverá crescer 4,5% este ano
A Comissão Europeia está mais otimista face às previsões económicas publicadas no início de julho. Prevê agora que a economia portuguesa possa crescer 4,5% este ano e 5,3% no próximo ano.
De acordo com o Ministro da Economia e da Transição Digital “estamos a ter uma recuperação mais forte do que aquilo que se estimava há uns meses. Isso ficou muito evidente com o comportamento da economia no terceiro trimestre, está a ser consistente com os dados que estamos a ter agora neste quarto trimestre e, portanto, tal como o Governo português, também a Comissão Europeia reviu agora as suas previsões em alta quer para este ano, quer para o próximo". Para Pedro Siza “a economia portuguesa está num bom momento, estamos bem preparados", acrescentou.
Com efeito, nas previsões económicas de verão, publicadas no início de julho, a Comissão Europeia manteve as projeções da primavera, estimando um crescimento do PIB de 3,9% este ano e de 5,1% no próximo, abaixo das projeções do Governo. As previsões agora divulgadas pela Comissão Europeia apontam ainda para uma taxa de inflação de 0,8% este ano (o Governo aponta para 0,9%), subindo depois para 1,7% em 2022, mas voltando a descer, para 1,2%, em 2023.
Daqui a dois anos, Bruxelas estima ainda que o crescimento do PIB nacional baixe para 2,4%, esperando também uma estabilização do crescimento das exportações e importações em 4,1% e 4,0%, respetivamente. Entretanto, as exportações deverão acelerar 11,1% este ano e 9,5% no próximo, ao passo que as importações devem também subir 10,9% e 6,2% em 2021 e 2022, respetivamente. "A economia de Portugal está a recuperar fortemente, ajudada por um ressurgimento da procura e pelo emprego. A perspetiva de crescimento permanece favorável apesar de desafios relacionados com as cadeias mundiais de abastecimento e incerteza no turismo estrangeiro", assinala a Comissão Europeia no comentário sobre a economia nacional.
Bruxelas assinala que no primeiro semestre do ano as "vendas de bens duradouros cresceram substancialmente contra o cenário de poupanças acumuladas e procura reprimida".