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Empregos por preencher atingem valores recorde

Empregos por preencher atingem valores recorde

23 Nov, 2021

Existem 24 mil vagas de emprego por preencher


O número de ofertas de emprego registadas nos centros públicos de emprego que estão por satisfazer atingiu quase 24 mil vagas no final de outubro, revelou o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Este número é um dos mais elevados de sempre, no entanto, o recorde histórico foi atingido em 2017, quando existiam 24,6 mil empregos por satisfazer.

Desde junho que os postos de trabalho que ninguém quer ou para os quais não há perfis adequados rondam os 24 mil. Em outubro, o aumento nestes empregos vagos (oferta por satisfazer) foi superior a 54%.

Mas o cenário pode ser bem mais complexo, uma vez que os centros do IEFP representam apenas uma parcela do mercado de emprego nacional. Existem centenas de ofertas de emprego que não passam por esta instituição.

De acordo com dados do IEFP, no final do mês de outubro de 2021, "estavam registados nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 351.667 indivíduos desempregados, número que representa 66,1% de um total de 532.053 pedidos de emprego". No entanto, "o total de desempregados registados no País foi inferior ao verificado no mesmo mês de 2020 (-51.887 ou -12,9%) e, no mesmo sentido, face ao mês anterior (-7.481 ou -2,1%)". O stock de desempregados recuou sobretudo no grupo dos indivíduos que estão inscritos há menos de um ano, diz o IEFP.

Falta de mão-de-obra preocupa setores
Este tema não é novidade e tem sido uma preocupação transversal a vários setores de atividade, que se mostram preocupados com a falta de mão-de-obra qualificada. Segundo avança a Lusa, representantes de várias associações setoriais defendem a urgência de políticas de incentivo à contratação de profissionais. Os empresários temem que a escassez de recursos humanos possa pôr em causa a recuperação económica de vários setores.

Na indústria de calçado “a escassez de mão-de-obra qualificada é, desde há muito, um problema”, que, contudo, se “agravou nos últimos meses, por via do aumento significativo das encomendas”. Em declarações à Lusa, a APICCAPS relembra que “o setor praticamente esgotou a mão-de-obra disponível nas zonas de forte concentração da indústria de calçado, obrigando as empresas a contratar novos profissionais nos concelhos limítrofes”.

Por outro lado, “existem vários estereótipos relacionados com a indústria que importa combater”, mas “isso só se fará se forem desenvolvidas iniciativas de grande escala que permitam sensibilizar os mais jovens e os seus familiares”. De acordo com dados da Comissão Europeia, "nos setores da moda, serão precisos na próxima década 500 mil novos colaboradores para que a indústria europeia permaneça na vanguarda”, o que levou à promoção de uma campanha comunitária específica, que a APICCAPS integrou, designada Open Your Mind, com o objetivo de reposicionar o setor da moda como alternativa para os jovens europeus.

Para a APICCAPS, urge “reforçar a comunicação com os centros de emprego, com vista a identificar profissionais desempregados em idade ativa”, assim como “todos os mecanismos de formação à medida das empresas, procurando requalificar trabalhadores”. Adicionalmente, impõe-se “a realização de campanhas de sensibilização de grande espetro, que permitam combater os estigmas e as ideias preconcebidas”.

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