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Empresas de calçado mantêm postos de trabalho não obstante conjuntura adversa

Empresas de calçado mantêm postos de trabalho não obstante conjuntura adversa

19 Set, 2023

Dados do inquérito de conjuntura


“Apesar do cenário de abrandamento da atividade da indústria, a maioria das empresas (69%) dizem não ter alterado o número de pessoas ao seu serviço. Há mesmo 7% das empresas inquiridas que, apesar deste contexto, reforçaram os seus quadros de pessoal”. Esta é uma das principais conclusões do novo Boletim de Conjuntura da APICCAPS, elaborado em parceria com o Centro e Estudos de Gestão e Economia Aplicada da Universidade Católica do Porto.

A este inquérito, alusivo ao 2º trimestre deste ano, que recolheu 86 respostas de empresas de calçado, responsáveis por praticamente metade do volume de negócios do setor, pode ler-se que, no segundo trimestre, “se acentuou a tendência de abrandamento da atividade da indústria de calçado que vem de meados de 2022”.

A maioria das empresas continua “a considerar que o estado dos negócios é suficiente ou bom, mas a carteira de encomendas e a produção diminuíram e a tendência de subida dos preços que se observou nos últimos dois anos parece ter-se esgotado”. A insuficiência de encomendas de clientes estrangeiros, por sua vez, “voltou à liderança das dificuldades enfrentadas pelas empresas do setor, depois de dois anos em que esse lugar coube ao abastecimento de matérias-primas”. De igual modo, “diminuíram as referências a escassez de mão-de-obra qualificada”.
 
Apesar deste cenário de abrandamento da atividade, “a larga maioria das empresas não alterou o número de pessoas ao seu serviço e as referências a dificuldades financeiras não aumentaram”.

Para o próximo trimestre, “as empresas preveem a manutenção destas tendências, com um ligeiro agravamento da insuficiência de encomendas de clientes estrangeiros” As previsões para o estado dos negócios são também as menos favoráveis dos últimos dois anos: “embora quase dois terços das empresas antecipem que o estado dos negócios seja suficiente, as que acreditam que será mau excedem em 26 pontos percentuais as que que dizem o contrário”.

A tendência de abrandamento da conjuntura observada em Portugal “é partilhada pelos seus concorrentes europeus”. De acordo com o Eurostat, no segundo trimestre o volume de produção de calçado na União Europeia caiu 13,3%, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. A quebra terá sido de 20,3% em Espanha e de 10,6% em Itália. Em contrapartida, na Turquia, a produção terá aumentado 18,7%. Em relação ao primeiro trimestre do ano, as variações foram negativas, mas bastantes menores, cerca de -1,6% na União Europeia e -3,7% na Turquia. Os preços na produção de calçado aumentaram 7,6% em relação ao trimestre homólogo, no conjunto da União Europeia, com um crescimento muito mais forte em Itália (11,8%) do que em Espanha (4,4%). Em relação ao trimestre anterior, o aumento foi muito mais modesto, apenas 1,3% na UE, com 0,7% em Espanha e 2,3% em Itália”.

 

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