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Estado da Indústria: Vítor Mendes, ISI Soles

Estado da Indústria: Vítor Mendes, ISI Soles

20 Jan, 2025

Entrevista com Vítor Mendes


Desde o início de 2023, o setor de calçado a nível internacional deu sinais claros de abrandamento. Na sua opinião, a que se deveu isso?
Na minha opinião, dão vários os fatores que contribuem para isso. Desde logo, a baixa de consumo mundial, seja por falta de liquidez das famílias, ou aspetos mais ligados à sustentabilidade.

Depois, é notória uma mudança nos hábitos de consumo, na medida em que a maioria dos consumidores durante a pandemia passou a adquirir novos hábitos e o calçado deixou. Naturalmente, de ser uma prioridade.

A outro nível, é percetível que há um aumento da procura de calçado mais desportivo em detrimento do calçado mais clássico que habitualmente se produz em Portugal.  Associado a isso, acentuou-se alguma falta de competitividade das nossas empresas, razão pela qual algum ripo de calçado
passou a ser produzido noutros países cujo o valor final dos produtos é mais baixo;

Já são percetíveis sinais de retoma?
No nosso caso, infelizmente, ainda não.
 
Que expectativas tem para o ano de 2025?
Será expectável que as vendas no 1º quadrimestre sejam inferiores às do ano passado , mas que que a partir  inicio do 2º se inicie uma
estabilização na compra dos nossos produtos.

O que devem as empresas portuguesas fazer para aproveitar a expectável recuperação dos principais mercados internacionais?
Na minha opinião devem investir no desenvolvimento de novos produtos e assegurar uma maior especialização produtiva. É igualmente relevante reforçar a aposta na formação e melhorar a qualidade do produto final.
Numa perspetiva mais abrangente, importa adaptar a produção a encomendas mais de pequenas, melhorar as áreas comercial, a comunicação e o serviço ao cliente.

Quais são os nossos principais argumentos competitivos?
Temos que ser globalmente mais eficientes. Os nossos principais argumentos competitivos passam por assegurar a produção de encomendas mais pequenas e a reposição automática durante a época de venda.

A personalização do produto, inclusivamente em encomendas pequenas, é outra oportunidade. Também a  versatilidade e agilidade são aspetos que deveremos valorizar, até porque possuímos uma mão de obra experiente para produzir.
Por fim, diria que temos cadeia de abastecimento, versátil, ágil, com capacidade de desenvolvimento, boa qualidade e uma relação preço/serviço, competitiva.

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