Medidas estão a produzir efeito mas "ainda não é tempo para desconfinamento"
“Este não é ainda o tempo para desconfinamento porque todas as melhorias são relativas”, acrescentou o Primeiro-Ministro. António Costa salientou a redução e estabilização do fator de transmissibilidade e a evolução decrescente do número de novos casos por dia, internados e internados em Unidades de Cuidados Intensivos, mas sublinhou que Portugal está “ainda longe de alcançar o resultado que deseja”.
“Estamos muito melhor do que estávamos há um mês, mas quatro vezes pior do que estávamos quando iniciámos desconfinamento em maio passado. As medidas estão a produzir os resultados desejados mas estamos ainda longe de nos podermos comparar quer com a situação quando desconfinámos, quer a 15 de setembro quando declaramos primeiro estado de contingência”.
Há, segundo António Costa, duas razões para uma prudência extra: “a variante britânica ascende a 49% no número de novos casos e a impossibilidade de garantir a vacinação total até ao final de março para as pessoas entre os 65 e os 79 anos com comorbilidades associadas devido a vicissitudes da produção e distribuição das vacinas, nomeadamente a de não haver recomendação da vacina da Astra Zeneca para maiores de 65 anos".
“O que todos desejamos, e estamos fortemente empenhados, é que nos próximos 15 dias tenhamos mais avanços significativos para nos recolocarmos numa situação de segurança que permita fazer outra avaliação do nível de medidas do próximo estado de emergência”, disse o Primeiro-Ministro.
Plano conhecido a 11 de março
Se tudo correr como planeado, nomeadamente no que diz respeito ao número de novos casos, o novo plano de desconfinamento será anunciado a 11 de março. “O plano será gradual e associado a critérios objetivos de evolução da pandemia. É preciso evitar a todo o custo que seja necessário andar para trás”.
Desconfinamento começa pelas escolas?
“É natural que o desconfinamento comece pelas escolas”, lembrou António Costa. “O Governo resistiu o mais que pôde ao seu encerramento” e foi a última medida restritiva tomada.