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Trabalhadores da Etiópia ganham 23 euros

Trabalhadores da Etiópia ganham 23 euros

25 Mai, 2020

A indústria têxtil na Etiópia paga os salários mais baixos no mundo


“Feito na Etiópia: os desafios da nova fronteira da indústria de vestuário” veio trazer a público aquilo que já era “mais ou menos” conhecido. A indústria têxtil da Etiópia paga os salários mais baixos do mundo. Por mês, os funcionários recebem o equivalente a 26 dólares (23 euros). Os trabalhadores são funcionários das fábricas das gigantes internacionais como Guess, H&M ou Calvin Klein.

O relatório do Centro Stern para Negócios e Direitos Humanos da Universidade de Nova Iorque baseou a análise no Parque Industrial Hawassa, inaugurado em junho de 2017 e que se situa a cerca de 225 quilómetros a sul da capital, Addis Abeba. Nesta unidade fabril trabalham atualmente 25 mil trabalhadores, número que deverá aumentar para os 60 mil funcionários.

Esta “expansão”, insere-se na estratégia do Governo etíope de converter o país num dos principais polos produtivos do setor. “Iremos tornar a Etiópia no hub líder desta indústria em África”, afirma Arkebe Oqubay, conselheiro especial do primeiro-ministro para a Economia e mentor do projeto industrial.

Nos últimos cinco anos, o Governo da Etiópia já inaugurou cinco parques industriais e prevê abrir mais 30 até 2025, esperando alcançar a médio prazo lucros na ordem dos mil milhões de dólares. A estratégia da Etiópia assenta em incentivos financeiros para as empresas e salários baixos para atrair mais investimento estrangeiro no país, que, segundo os autores deste estudo, não constitui o melhor plano.

“A Etiópia tem uma escolha pela frente no que diz respeito à indústria do vestuário para os consumidores ocidentais: Seguirá a trajetória da China ou do Bangladesh? O Cambodja ou as Honduras?”.

De acordo com o relatório, a maioria dos trabalhadores da indústria são jovens mulheres oriundas de famílias pobres de zonas rurais que não conseguem aceder a habitações decentes, comida e transporte. Muitas delas vivem abaixo do limiar de pobreza, em condições miseráveis, refere o estudo.

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