Em maio, as exportações brasileiras de calçado aumentaram 19,8% em volume para 10,5 milhões de pares e 59,5% em valor para 104 milhões de dólares, segundo dados divulgados pela associação brasileira de calçado (Abicalçados). Nos primeiros cinco meses de 2022, as exportações de calçado aumentaram 30,2% em volume, para 64,24 milhões de pares, e 66,5% em valor, para 538,72 milhões de dólares.

Os EUA foram o principal mercado de exportação durante o período de cinco meses, importando cerca de 10 milhões de pares, um aumento de 87,2% em relação ao ano anterior, para um total de 146,3 milhões de euros, um aumento de 108,2%. O presidente da Abicalçados, Haroldo Ferreira, salientou que as exportações em volume para os EUA são quase 80% superiores aos primeiros cinco meses de 2019, antes do início da pandemia.

A COVID-19 interrompeu as cadeias de abastecimento e levou as marcas americanas a transferir parte da produção da Ásia, especialmente a China, para países mais próximos, uma tendência que beneficiou o Brasil, o maior produtor fora da Ásia. Haroldo Ferreira confirmou que o aumento dos custos de transporte da Ásia “levou os compradores a procurem fornecedores geograficamente mais próximos”.

A Argentina foi o segundo maior destino de exportação o calçado brasileiro durante os primeiros cincos meses do ano, com 6,82 milhões de pares, um aumento de 64,0% em relação ao ano anterior, no valor de 74,62 milhões de dólares, um aumento de 93,7%. Segue-se a França, que comprou 4,0 milhões pares de calçado brasileiro, um aumento de 31%, para 29,4 milhões de dólares, um aumento de 25,2%.

Nos primeiros cinco meses do ano, o Rio Grande do Sul permaneceu como a maior região exportadora do Brasil, responsável por mais de 45% da receita total de exportação, no valor de 246 milhões de euros.