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Geração 4.0: Carolina Santos, Alameda Turquesa

Geração 4.0: Carolina Santos, Alameda Turquesa

11 Jul, 2022

Conheça a fundadora da Alameda Turquesa


A Alameda Turquesa nasceu em 2012 pelas mãos de Carolina, arquiteta de formação. O que começou como uma brincadeira de redes sociais rapidamente ganhou escala. Em 2017, a Alameda Turquesa lançou uma coleção cápsula com Chiara Ferragni, em 2015 Anna Dello Russo destacou a marca na Vogue Japão. Também Sofia Vergara promoveu a marca nas suas redes socias, e Dua Lipa, Bella Hadid e Juliana Paes são algumas das clientes da Almada Turquesa. A marca está presente na Saks e Neiman Marcus, nos Estados Unidos e na Selfridges, Harrods e Brown Thomas no Reino Unido.


Tem formação de base em Arquitetura. Como é que se chega da arquitetura até uma marca de calçado?
Também não sei. Sempre quis ser arquiteta, sempre estudei para o ser. Fiz toda a minha formação normal, ainda cheguei a trabalhar dois anos e meio num atelier no Porto -imediatamente depois de ter acabado o mestrado - e a admissão à ordem. Despedi-me pouco depois, porque tive de tomar uma decisão. Não foi uma decisão fácil, mas acabou por ser tudo muito orgânico. Tudo começou com o meu blog Thefrenchfries, que na altura tinha já alguma projecção internacional. Há 10 anos, nem a palavra de influencer existia...Do blog à marca foi tudo muito rápido… acredito que foram crescendo os dois juntos lado a lado.

A arquitetura não saiu de mim, continua presente na minha forma de pensar e de ver o mundo que nos rodeia. É essa a vantagem da arquitetura, está presente em tudo na nossa vida, e acredito que tenha sido uma mais-valia para a marca.

A Alameda Turquesa é uma marca que nasceu digitalmente. Quais são os maiores desafios da presença online?

O online é um mundo ainda que já não é novo, mas é diferente e muito desafiante. As possibilidades tornaram-se infinitas pelo que os desafios são proporcionais. A Alameda Turquesa nasceu digitalmente e é por aí queremos que se mantenha sempre.

Quais os elementos diferenciadores da marca?
A Alameda Turquesa tem peças muito fortes, que são automaticamente reconhecidas como nossas. As pessoas já distinguem bem as peças da nossa marca, apesar de não usarmos logos.
Diria que o produto é tudo; é o mais importante, e por mais cópias que possam aparecer, a essência de uma marca não se consegue replicar nem copiar. Por isso, temos continuado a crescer de uma forma consistente e crescente, durante os últimos anos.  

Recentemente anunciaram a chegada ao Harrods, e têm conquistado muitas figuras públicas além-fronteiras. O feedback internacional tem sido relevante para o crescimento da marca?
Sim, sermos a única marca portuguesa de sapatos à venda no Harrods é um motivo e responsabilidade que nos deixa muito orgulhosos. Estamos já nas lojas de departamento mais luxuosas do mundo, lado a lado com as melhores marcas internacionais. E o feedback que temos recebido do público é também muito positivo. Para nós todo o crescimento é importante, o que nos move é a felicidade que as nossas clientes sentem ao usarem as nossas peças, sejam nacionais ou internacionais, pessoas anónimas ou celebridades. Ficamos genuinamente felizes por escolherem usar as nossas peças, e é essa felicidade genuína dos nossos clientes que nos tem feito crescer.

O que mais a fascina no setor de calçado?
A moda no geral permite-nos expressar a nossa personalidade, e é isso que mais me fascina, o poder que a moda tem como extensão da nossa personalidade.

O que é que acha que esta nova geração que está a entrar para o setor tem para oferecer?
As novas gerações são sempre importantes para fazer avançar qualquer país, mas nunca nos podemos esquecer também da experiência e sabedoria de outras gerações. A Alameda Turquesa só é a Alameda Turquesa por causa dos meus pais. Acredito que se as novas gerações conseguirem perceber que todas as gerações são uma mais valia já é meio caminho andado para o sucesso.

Que conselho daria a um jovem que está a começar?
Penso que o mais importante ao criar uma marca é pensar na diferença que queremos oferecer. Não me esqueço que quando começámos a nossa marca, as marcas portuguesas tinham vergonha de dizer que eram produzidas em Portugal e tinham obrigatoriamente de escolher nomes ingleses. Nós nunca escondemos, desde o primeiro dia, que éramos portugueses, pelo contrário, sempre o enfatizámos. O conselho que daria, apesar de achar que não sou ninguém para o fazer, será para nunca tentarem ser uma coisa que não são. Nota-se quando algo não é genuíno, e é essa genuinidade e originalidade que nos tem feito crescer e avançar.


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