Por todo o mundo, várias instituições, bancos e Governos, anunciam medidas para atenuar os efeitos económicos provocados pelo COVID-19.
Esta decisão confirma a determinação do BCE em defender os governos do sul da Europa, cujas dividas ficaram sob pressão dos investidores. No entanto, esta medida pode levantar receios para a maior economia do continente europeu. ”O BCE está comprometido a cumprir o seu papel de apoiar todos os cidadãos da Zona Euro durante estes tempos extremamente difíceis", diz o Banco em comunicado.
O Banco anunciou, assim, a compra de ativo do setor privado e publico até ao final do ano, pelo menos. O programa incluiu a divida grega, excluída dos anteriores programas de compra de obrigações do Banco Central Europeu.
Também a Reserva Federal e o Tesouro dos Estados Unidos lançaram medidas excecionais para aumentar a liquidez dos mercados financeiros no valor de mais de 1,2 biliões de dólares (1,1 biliões de euros). Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) assegurou que está "preparado para mobilizar" toda a sua capacidade de empréstimo, 925.336 milhões de euros, para ajudar os países a enfrentar esta crise.
O Banco do Japão (BoJ), por sua vez, pôs em prática medidas diferentes para enfrentar a crise, incluindo um aumento de 80 biliões de ienes (674.044 milhões de euros) no programa de compra de títulos soberanos ou a duplicação da compra de fundos de investimento cotados, até 12 biliões de ienes (101.268 milhões de euros)
Ativo esta, igualmente, o Banco Mundial (BM), que prevê mobilizar 12.000 milhões de dólares (11.100 milhões de euros) para ajudar os países a atenuar o impacto económico e sanitário do Covid-19.
Resposta europeia
A Comissão Europeia propôs mobilizar investimentos no valor de 37.000 milhões de euros para atenuar a epidemia e permitir aos países utilizarem os 8.000 milhões de euros recebidos por fundos estruturais que não utilizaram e que agora teriam que devolver.
Em Espanha, o Governo espanhol prevê mobilizar 200.000 milhões de euros através de diversas iniciativas, incluindo uma linha para garantir que a liquidez chega às empresas. Já na Alemanha, Ângela Mercosul e os seus pares anunciaram um programa de créditos "sem limites" para evitar problemas de liquidez no tecido empresarial, que estarão garantidos com mais de meio bilião de euros e serão articulados através de um banco público.
Por França, os planos passam por manter a economia a funcionar através de medidas avaliadas em 45.000 milhões de euros, que incluem desde adiamentos de pagamento de impostos a abonos dos salários de empregados de empresas que tenham parado a produção e garantias de empréstimos no valor de 300.000 milhões de euros.
O Governo britânico, por seu turno, anunciou um plano de garantias de empréstimos que ascende a de 330.000 milhões de libras (360.000 milhões de euros), ampliáveis tanto "quanto seja preciso", e um pacote de ajudas diretas às empresas de 20.000 milhões de libras (22.000 milhões de euros).
Já Itália pôs em prática um pacote de ajudas de até 25.000 milhões de euros, que inclui auxílio a famílias, empresas e trabalhadores independentes, linhas de acesso ao crédito e um plano para nacionalizar a companhia aérea Alitalia.
A China e os outros