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Greenwashing preocupa Comissão Europeia

Greenwashing preocupa Comissão Europeia

25 Fev, 2021

Comissão Europeia quer acabar com as falsas alegações em torno da sustentabilidade


A Comissão Europeia realizou um estudo de análise de páginas web de todo o continente e concluiu que a profusão de conceitos que induzem sustentabilidade e cuidados com o ambiente são usados de forma abusiva por muitas marcas. O relatório anual Sweep publicado pela Comissão Europeia sobre hábitos de consumo nos portais das empresas identificou que 42% do sites analisados fazem declarações exageradas, falsas ou enganosas ao usar conceitos como 'eco', 'consciente' ou 'amigável'.

Esta prática, a que se chama ‘greenwashing’, é pela primeira vez investigada pela Comissão Europeia, que assim que perseguir os que tentam enganar os consumidores com o recurso a conceitos que estão na moda e são por isso veículo ideal de ilegalidades.

O estudo europeu analisou as afirmações que as empresas fazem para atrair clientes usando a consciência ecológica ou a sustentabilidade como argumentos de venda. As conclusões do relatório indicam que em 42% dos casos as alegações utilizadas pelas empresas foram exageradas, falsas ou enganosas e podem, portanto, ser consideradas práticas ilegais, ao abrigo da diretiva da UE sobre práticas comerciais desleais.

Embora o relatório se refira aos principais setores da economia, quase 25% faz referência direta ao setor da moda. Segundo a Comissão Europeia, a tendência para a utilização desta prática é cada vez maior, em consonância com sociedades cada vez mais comprometidas com o meio ambiente.

O relatório Sweep da Comissão Europeia conclui que em 57% dos casos as empresas analisadas não forneceram informação suficiente sobre o seu compromisso com o ambiente; e em 37% dos casos, as empresas apresentaram afirmações vagas ao usar termos como ‘consciente’, ‘ecológico’ ou ‘sustentável’. Além disse, em mais de 50% dos casos analisados, o operador económico não forneceu informações suficientes aos consumidores para julgar a exatidão das alegadas práticas ecológicas; e em 59% dos casos, simplesmente não há o fornecimento de provas para fundamentar a afirmações de práticas ecológicas.

A Comissão Europeia realizou o estudo com o auxílio de autoridades nacionais de proteção do consumidor – estando Portugal representado através da Direção-Geral do Consumidor. Foi a primeira vez que a ação SWEEP focou a ‘greenwashing’ na sua análise anual sobre matéria de consumo.

Segundo o relatório, as autoridades nacionais entrarão em contato com os operadores económicos visando reportar os problemas detetados e insistir para que sejam corrigidos quando necessário. “As conclusões desta ação SWEEP contribuirão para a avaliação em curso sobre a nova proposta legislativa para capacitar os consumidores no âmbito da transição verde anunciada na Nova Agenda do Consumidor”, conclui o relatório.

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