Um ano depois, o grupo Carité (re)abriu a fábrica de Castelo de Paiva destruída nos incêndios. A nova fábrica, ARKA, já se encontra a laborar e reintegrará todos os trabalhadores até ao final deste ano.
A OQ foi uma das inúmeras empresas que ficou destruída em outubro passado, na sequência dos incêndios
florestais. Com um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros, o grupo Carité acaba de inaugurar as novas instalações da renomeada ARDA.
Na inauguração, Pedro Marques garantiu: “Hoje, sou um ministro feliz”. O Ministro das Infra-Estruturas salientou o papel de Reinaldo Teixeira e das instituições que apoiaram o projeto “agradeço o esforço da Câmara Municipal APICCAPS, CCDR-N e do secretário de estado Nelson de Souza que possibilitaram que este momento pudesse acontecer. Juntamos dois programas de apoio financeiro e atraímos investimento”. Para Pedro Marques “esta é a maior riqueza que podemos deixar depois da tragédia: empresas melhores, mais investimento e mais esperança para estes trabalhadores”.
Até ao momento, a fábrica já integrou metade dos trabalhadores, mas Reinaldo Teixeira garante que até ao final do ano, “os restantes 40 trabalhadores já estarão no ativo”. Para o responsável pelo grupo Cárite importa manter a “qualidade da mão-de-obra local. Quis que o projeto fosse concretizado no menor espaço de tempo”. Depois de perceber que o anterior dono não ia recuperar a fábrica, Reinaldo Teixeira foi contactado pela autarquia local para reconstruir a empresa. “Consegui avançar com o projeto e garantir que os 85 trabalhadores iam ser reintegrados”.
As obras de construção começaram em fevereiro passado. A nova unidade industrial, com 2,5 mil metros quadrados cobertos, vai dedicar-se à produção diária de 700 pares de calçado de senhora.
O projeto de investimento na OQ foi aprovado no quadro do sistema de apoio financeiro criado pelo Governo após os incêndios de outubro passado onde terão sido destruídas cerca de 500 habitações e 300 empresas.
O grupo Carité emprega 500 pessoas em três concelhos distintos (Felgueiras, S. João..da Madeira e Celorico de Basto). Holanda, França, Alemanha, Inglaterra e EUA são os principais destinos de exportação do grupo que, em
2017, faturou 27 milhões de euros. A aposta de Reinaldo Teixeira é “duplicar e triplicar as vendas no mercado americano nos próximos dois anos.