Empresa cresceu nos primeiros três meses do ano
O setor do retalho foi um dos mais afetados com a pandemia e a retoma tem sido lenta em vários países. Mas nem isso impediu o grupo Inditex de crescer. A empresa faturou 421 milhões de euros entre fevereiro e abril de 2021 e o volume de negócios cresceu quase 50% para 4 942 milhões de euros.
O grupo, detentor de marcas como Zara, Pull & Bear, Massimo Dutti, Bershka, Stradivarius, Oysho, Zara Home e Uterqüe registou um prejuízo de quase 70% em 2020, fruto dos encerramentos do retalho físico.
No entanto, aquele que é um dos maiores grupos de distribuição de moda do mundo já reverteu a situação e vende, agora, mais do que antes da pandemia. Entre 1 de maio e 6 de junho de 2021, a Inditex faturou o dobro (102% a mais) do que no mesmo período do ano passado (já em plena pandemia e confinamento) e 5% acima do que entrou nessas mesmas semanas em 2019.
“O movimento nas lojas melhora a cada semana. Os resultados do primeiro trimestre do ano mostram uma recuperação forte e progressiva, apesar do contexto ainda difícil”, diz Pablo Isla, CEO da Inditex, de acordo com a revista Visão. As vendas nesses três meses cresceram 49,6% face a 2020, atingindo €4 942 milhões, depois de 2020 ter fechado com um lucro de €1 106 milhões, 69,6% menos do que em 2019.
Ramón Reñon deixa Inditex
O atual vice-diretor da geral da Inditex, Ramón Reñón, renunciou voluntariamente ao cargo. Depois de quase 30 anos a trabalhar no grupo, Ramón encerrou a sua carreira profissional em cargos de responsabilidade, deixando o atual cargo para o presidente executivo.
Ramón Reñon começou a trabalhar no grupo em 1992 como chefe das áreas de expansão e imobiliária.
Grupo Inditex encerra pequenas lojas
O grande grupo internacional tem em marcha uma estratégia de takeovers, que tem como objetivo encerrar pequenas lojas que não têm capacidade de adaptar o retalho físico com o digital.
Nos três primeiros meses do ano o grupo contava com 6 758 lojas em 96 mercados, ou seja, 71 estabelecimentos a menos do que no final do exercício de 2020 e 654 a menos do que tinha no primeiro trimestre de 2020.
Destaque, ainda, para o crescimento das vendas online. “É uma parte relevante das nossas vendas e vai continuar a sê-lo. É um elemento-chave da estratégia e tem muita influência na melhoria da margem bruta, no baixo nível de promoções que temos tido e na forma como gerimos a empresa ”, explica Pablo Isla.