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Hugo Boss pode transferir produção de calçado para Portugal

Hugo Boss pode transferir produção de calçado para Portugal

15 Fev, 2022

Grupo alemão anunciou a possibilidade de transferir a produção de calçado para Portugal


A Hugo Boss, grupo alemão de moda masculina, anunciou o encerramento da sua fábrica em Scandicci (Itália) e a possibilidade de transferir a produção que ali assegurava de calçado para unidades industriais portuguesas – enquanto os acessórios em couro passarão a ser produzidos na Ásia.


O grupo tem outra fábrica em Itália, na região de Morrovalle, além de operar unidades de produção em Izmir (Turquia), Radom (Polónia) e Metzingen (Alemanha). A possibilidade de transferir produção de calçado para Portugal é real, numa perspetiva de manter a proximidade de fornecimento em relação aos seus mercados europeus.


Em dezembro passado, a Hugo Boss ampliou a sua fábrica em Izmir para aumentar o seu peso produtivo, apostando na capacidade daquele país ainda poder exercer pressão direta sobre as taxas de câmbio. O grupo afirmou então que um dos seus objetivos era “reduzir a sua dependência do território do Sudeste Asiático”. Mas a verdade é que a transferência da produção de acessórios de couro para aquela região contraria essa estratégia.

Recorde-se que a Hugo Boss está a passar por um profundo processo de reestruturação lançado em agosto passado, a que a administração do grupo chamou Claim 5. O objetivo é atingir a fasquia dos quatro mil milhões de euros de volume de negócios em 2025 e tornar a empresa “uma das 100 marcas líderes no mercado internacional”, como dizia na altura o CEO do grupo, Daniel Drieder.

O Claim 5 baseia-se em cinco pilares fundamentais: promoção da relevância das marcas do grupo, foco no crescimento do produto, fortalecimento do ambiente digital da empresa, renovar a rede de lojas e impulsionar o crescimento em todos os mercados onde se encontra presente.

O grupo alemão encerrou o ano fiscal de 2021 com um aumento de 43% nas vendas, para os 2.786 milhões de euros – mas ainda assim 3,39% abaixo do que havia registado em 2019, o que indica que o pior do impacto da pandemia ainda não foi satisfatoriamente absorvido pelo grupo. Já o EBITAD para o ano de 2021 foi de 228 milhões de euros, que compara com os valores negativos de 236 milhões de euros registados em 2020.

Por José Sousa

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