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Indústria espanhola do calçado e do couro perdeu mais de 2500 empregos em 2024

Indústria espanhola do calçado e do couro perdeu mais de 2500 empregos em 2024

9 Jan, 2025

Ano terminou abaixo da linha dos 40.000 trabalhadores


A indústria espanhola do calçado e do couro perdeu mais de 2500 empregos em 2024, fechando o ano bem abaixo da linha dos 40.000 trabalhadores. Desta forma, o setor não só não recuperou os empregos perdidos durante a pandemia, como acumulou dois anos de quedas significativas, de acordo com a Revista Del Calzado.

De acordo com os dados, um em cada dez empregos no setor do calçado desapareceu. Estes resultados negativos contrastam com o bom desempenho do mercado de trabalho geral em Espanha, que criou mais de meio milhão de empregos em 2024, e reduziu o desemprego para níveis que não se viam há dezassete anos.

O setor do calçado e do couro entrou em declínio logo em fevereiro de 2024, atingindo o seu pico mais baixo em agosto. A partir daí houve uma ligeira subida, mas que não foi suficiente para contrariar os números negativos dos dois primeiros trimestres do ano.

Desta forma, em dezembro de 2024, trabalhavam em média 38 570 trabalhadores (inscritos na Segurança Social) nos setores do calçado e do couro, mais 0,8% que em novembro de 2024 (mais 303 postos de trabalho). Porém, se fizermos a comparação em termos homólogos, foram destruídos um total de 2.567 empregos em 2024, o que representou uma queda de 6,2% face a dezembro de 2023. Da mesma forma, se compararmos os dados de 2024 com os de 2019 (antes da pandemia), o emprego no setor do calçado e couro caiu 11,2% (4884 menos trabalhadores).

Por outro lado, em dezembro de 2024, das 38 570 pessoas inscritas na Segurança Social a trabalhar na indústria do calçado e do couro, 34 641 integravam o regime geral (89,8% do total), enquanto as restantes, 3929, estavam no regime de trabalho independente. Por último, dos 38 570 trabalhadores empregados nestes setores no final de 2024, mais de 51,8% (19 970 trabalhadores) eram homens, em comparação com os restantes 48,2% que eram mulheres (18 600 trabalhadores).

De realçar que este indicador não representa a atual realidade da indústria do calçado espanhola que, durante os últimos meses de 2024, tanto nas exportações (+7,1% em valor entre janeiro e setembro) como o volume de negócios (+1,4% em outubro) apresentaram percentagens positivas que mostram o bom desempenho do setor.

Ao analisar estes dados e tendo em conta o indicador negativo do emprego no setor, pode-se concluir que a indústria espanhola de calçado ganha mais e gera mais negócios (especialmente nos mercados internacionais), contudo esse crescimento não está distribuído entre os trabalhadores do setor. Ou seja, o macro não se traduz no micro.

Desta forma, o verdadeiro desafio que a indústria espanhola do calçado deverá enfrentar, em 2025, passa por tornar efetiva esta tradução de bons resultados macroeconómicos para o indicador da empregabilidade do setor.


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