Inquérito CIP: quase 80% das empresas esperam manter empregos mas 15% preveem redução
As expectativas de vendas das empresas nacionais para os primeiros meses de 2021 é, no entanto, negativa face ao mesmo período de 2020, com 53% dos empresários a esperarem uma diminuição e 16% um crescimento.
"Esta perspetiva negativa é sobretudo verificada nas micro empresas, com 63% a esperar um comportamento negativo das suas vendas (contra 60% no mês anterior)”.
"Em termos de investimento, a situação é bem pior do que nas componentes de vendas e de recursos humanos, o que é preocupante por poder hipotecar o médio/longo prazo", pode ler-se no estudo. Cerca de 46% das empresas preveem uma diminuição face a 2019.
Mas esta quebra varia conforme a dimensão das empresas, já que 51% das microempresas anteveem uma queda enquanto nas grandes essa percentagem é de 38%. Aliás, 31% das grandes empresas esperam aumentar o investimento em 2021 face a 2019, apesar de 38% preverem uma queda.
Acesso aos apoios
O acesso aos apoios é outra área sensível para as empresas, sendo que 85% dos inquiridos responderam que os programas de apoio adotados pelo Governo estão "aquém ou muito aquém" do necessário e 60% dos empresários disseram que, nos últimos três meses, não se candidataram às medidas disponíveis para responder à pandemia.
De acordo com Pedro Esteves, professor do ISCTE, que apresentou os resultados do estudo, das empresas que não se candidataram aos apoios, 47% não o fizeram "por considerarem que não preenchem as condições de elegibilidade". Por outro lado, das 40% que se candidataram, 65% obtiveram 'luz verde', 28% ainda aguardam resposta e 7% viram a candidatura rejeitada.