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Indústria espera manter postos de trabalho

Indústria espera manter postos de trabalho

17 Fev, 2021

Inquérito CIP: quase 80% das empresas esperam manter empregos mas 15% preveem redução


Cerca de 80% das empresas nacionais esperam manter os postos de trabalho até ao final de abril. No entanto, 15% prevê um redução do número de trabalhadores. Os resultados são do inquérito da CIP “Projeto Sinais Vitais”. 

"Em todas as empresas - grandes, médias, pequenas e micro - existe uma expectativa de manutenção do número de postos de trabalho", sendo que "nas grandes empresas e nas médias a expectativa de aumento do número de postos de trabalho é superior à média nacional", conclui o estudo.

Assim, em média, 78% das empresas pretendem manter os postos de trabalho até final de abril, enquanto 15% anteveem uma redução e 7% um aumento de trabalhadores.

No total, foram inquiridas 519 empresas, a maioria das quais micro e pequenas empresas. O inquérito foi realizado entre os dias 04 e 12 de fevereiro, no âmbito do "Projeto Sinais Vitais", desenvolvido pela CIP em parceria com o Marketing FutureCast Lab do ISCTE.

Vendas
As expectativas de vendas das empresas nacionais para os primeiros meses de 2021 é, no entanto, negativa face ao mesmo período de 2020, com 53% dos empresários a esperarem uma diminuição e 16% um crescimento.
"Esta perspetiva negativa é sobretudo verificada nas micro empresas, com 63% a esperar um comportamento negativo das suas vendas (contra 60% no mês anterior)”.

Já nas grandes empresas, a expectativa de crescimento é verificada em 38% das empresas inquiridas, registando-se "uma melhoria" face ao mês anterior.

Investimento
"Em termos de investimento, a situação é bem pior do que nas componentes de vendas e de recursos humanos, o que é preocupante por poder hipotecar o médio/longo prazo", pode ler-se no estudo. Cerca de 46% das empresas preveem uma diminuição face a 2019.
Mas esta quebra varia conforme a dimensão das empresas, já que 51% das microempresas anteveem uma queda enquanto nas grandes essa percentagem é de 38%. Aliás, 31% das grandes empresas esperam aumentar o investimento em 2021 face a 2019, apesar de 38% preverem uma queda.

Acesso aos apoios
O acesso aos apoios é outra área sensível para as empresas, sendo que 85% dos inquiridos responderam que os programas de apoio adotados pelo Governo estão "aquém ou muito aquém" do necessário e 60% dos empresários disseram que, nos últimos três meses, não se candidataram às medidas disponíveis para responder à pandemia.
De acordo com Pedro Esteves, professor do ISCTE, que apresentou os resultados do estudo, das empresas que não se candidataram aos apoios, 47% não o fizeram "por considerarem que não preenchem as condições de elegibilidade". Por outro lado, das 40% que se candidataram, 65% obtiveram 'luz verde', 28% ainda aguardam resposta e 7% viram a candidatura rejeitada.

O vice-presidente da CIP, Óscar Gaspar, destacou que "as empresas constataram que os critérios e as regras de acesso não se ajustavam" e defendeu que a suspensão dos programas Apoiar.pt e Apoiar Restauração "são exemplos do que não devia ter acontecido".

"Há muitos empresários da restauração e da hotelaria" que não conseguiram submeter as candidaturas a tempo aos programas, disse Óscar Gaspar, defendendo que, a par da prorrogação do estado de emergência de 15 em 15 dias, "devia também haver a prorrogação das medidas de apoio com aquilo que é a perceção do aprofundamento da crise".


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