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Inflação nos EUA é a mais elevada dos últimos 40 anos

Inflação nos EUA é a mais elevada dos últimos 40 anos

2 Fev, 2022

Inflação nos EUA é a mais elevada dos últimos 40 anos


A inflação nos EUA é a mais elevada dos últimos 40 anos, tendo atingindo a marca dos 7%. A última vez que estes valores foram atingidos corria o ano de 1982, quando “o ouro ainda era negociado a $350 por onça após o impressionante rally dos anos 70, o S&P 500 negociava a 110 pontos e as yields das obrigações americanas estavam a 14%”. Nesse junho de 1982, a inflação estava a 7%, o valor mais alto em 4 meses, mas abaixo dos 14,8% registados em março de 1980. Este foi o último período em que a inflação esteve tão elevada nos EUA. O Jornal de Económico, em parceria com a XTB, tentou entender este fenómeno, no seguinte artigo.

Mas voltemos a 2021. Em abril de 2021, a inflação ultrapassou a barreira dos 4%. No entanto, O Banco Central Americano (FED) referiu que este fenómeno seria apenas “transitório” e optou por não agir. Esta foi considerada uma “situação pontual” causada pelas variações anuais nos preços dos combustíveis (depois de todos os contratos sobre os preços do petróleo terem atingido valores negativos em abril de 2020). Esta abordagem provou ser irresponsável por parte dos decisores de política monetária.

“Nessa altura, e apesar dos desafios e incerteza trazida pela pandemia, a economia dos EUA já estava em plena expansão, alimentada pelos fortes estímulos fiscais e pela reabertura da economia após o pico da pandemia. “Embora as pressões sobre os preços envolvessem sobretudo a escalada dos preços da energia, rapidamente se alastrou a outras categorias como o setor automóvel (novos e usados), equipamento, mobiliário, alimentação, entre outras. Isto resultou da combinação de um boom do lado da procura com dificuldades do lado da oferta, causadas pelas restrições e confinamentos provocados pela Covid que levaram a fortes  disrupções nas cadeias de abastecimento em todo o mundo”, diz o artigo.

Atualmente, a inflação está nos 7% e a Fed precisa de intervir. E será isto que irá acontecer. Ainda em novembro, a Fed não queria discutir a subida das taxas de juro. 2Hoje, não só já se fala disso, como também se fala de uma redução do “balance sheet”, uma ferramenta (pense na impressão inversa do dinheiro) que foi utilizada pela última vez em 2018, e que contribuiu para o abrandamento, causando turbulências no mercado. A Fed prevê que a primeira subida da taxa de juro possa acontecer já no próximo mês de março. Este movimento é consensual dentro da Fed, com alguns membros, como é o caso de Bullard, a dizerem que este ano é provável que a Reserva Federal decida aumentar 4x as taxas de juro e que trazer de volta a inflação para o seu objectivo (em torno dos 2%) deverá ser prioritário para o banco central”.

“Todas as principais categorias estão a contribuir para a inflação. Este será um problema para a Fed. A retirada de estímulos e o início do ciclo de subida das taxas de juro será prejudicial para as empresas mais endividadas, sobretudo as tecnológicas e trará uma grande incerteza para o presente ano”.
*artigo realizado pelo Jornal Económico em parceria com a XTB.

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