O investimento empresarial deverá diminuir 8,9% em 2020. Segundo dados do Instituto Nacional de estatística (INE) estes números comparam com a previsão inicial de crescimento de 3,6% divulgados em outubro de 2019.

De acordo com o Inquérito de Conjuntura ao Investimento de abril de 2020 (com período de inquirição entre 1 de abril e 25 de junho de 2020), este decréscimo reflete o impacto da pandemia na atividade económica e nas expectativas das empresas.

Os resultados deste inquérito apontam também para um crescimento nominal de 4,3% do investimento em 2019, revendo em alta o resultado apurado no inquérito de outubro (3,8%).

Relativamente a 2020, oito das treze secções apresentam taxas de variação negativas da Formação Bruta do Capital Fixo empresarial. Com contributos negativos, destaque para as Indústrias Transformadoras ( -6,0 p.p. e variação de -21,5%), para o Comércio por Grosso e a Retalho e Reparação de Veículos Automóveis e Motociclos (contributo de -3,0 p.p. e variação de -18,2%).

Por outro lado, os Transportes e Armazenagem e Atividades Financeiras e de Seguros registam os contributos positivos mais significativos para a variação do investimento total em 2020 (com aumentos de 3,1 p.p. e 0,7 p.p., respetivamente), correspondentes a taxas de crescimento de 39,6% e 9,8%, pela mesma ordem.

Adeterioração das perspetivas de venda foi o principal fator limitativo do investimento empresarial identificado pelas empresas em 2019. Em 2020 foi a incerteza sobre a rentabilidade dos investimentos.