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Joana Ribeiro na Portuguese Soul

Joana Ribeiro na Portuguese Soul

15 Fev, 2022

Entrevista de Joana Ribeiro para a Portuguese Soul e Solo Number


Entrevista por Filipa Ornelas
Fotografia Frederico Martins
Styling Cláudia Barros

"São amigas do género não se sabe onde começa uma e termina a outra, embora Joana seja mais coração e Filipa razão. Ainda se riem à desgarrada das piadas que mais nenhum colega do liceu percebia e não é como se tivessem ficado por aí porque continuam a insistir em fazer parte da vida uma da outra, mesmo depois de uma briga sem explicação ou quando a Pipa não atende os ininterruptos telefonemas de Joana em Facetime. Hoje sentam-se à mesa da casa da atriz com um bolo de chocolate a dividir, tal como dividem tudo, as inseguranças, as conquistas e as piadas, claro. A Joana, Filipa gaba-lhe a hipergenerosidade, já a amiga gostava de lhe entrar pela cabeça adentro. Encontram-se na estranheza".

FD - Lembras-te de um trabalho que fizemos no 11º ano para a área de projeto. Decidimos fazer um filme pseudoartístico, valeu-nos um 20. Lembras-te disto?
JR - Lembro, a melhor nota da turma.

FD - Repetimos cinco vezes uma cena, onde tinhas de fazer uma performance a cantar o Don’t Stop Me Now, dos Queen enquanto te esfregavas no chão e a nas paredes. Lembro-me de pensar ‘bolas, ela é mesmo dramática’. Sinto que o teu feitio nasceu para a representação, tu não?
JR -   Sim, talvez, acho que sempre fui muito dramática. Desde os meus pais até às minhas amigas sempre houve essa ideia de que era uma pessoa muito dramática, para o bom e para o mau.

FD -  Eu senti isso. Olhando para trás, podias ter sido outras coisas, mas isto ia sempre primeiro.
JR -  Acho que tenho uma pré disposição. Até por causa de coisas que aconteceram na minha vida, que era o que falávamos no outro dia: filha de pais separados, duas casas, uma educação muito diferente entre os dois pais, ir para uma escola onde te identificas com pessoas mas não assim tanto e vais-te adaptando e então vais descobrindo que consegues ser pessoas diferentes com grupos diferentes. Isso era uma coisa que me fazia imensa confusão, mas depois fui percebendo que para o trabalho que quero fazer, ser atriz, me deu uma bagagem gigante, que é realmente conseguires adaptar-te tanto ao grupo de pessoas com que estás que quase te tornas naquilo. E não quer dizer que tu não sejas aquelas coisas todas - tu és! - mas vais puxando cada bocado de ti, porque nós, no fundo, queremos todos pertencer a algum lado, não é?

FD - Mas aí já sabias que querias ser atriz, não?
JR -  Aqui, não. Queria arquitetura. Os meus pais não viam cinema português, eu não vinha de uma família que via cinema português, os meus amigos não veem cinema português, não é algo que estivesse presente na minha vida enquanto eu estava a crescer. Para mim ser atriz em Portugal significava fazer novelas e eu não queria fazer novelas, era muito snob em relação a isso. E no entanto sinto que nos três anos em trabalhei em novelas aprendi tanto e é uma terapia de choque. Senti muito agora nos últimos trabalhos que tive que se eu não tivesse o treino das novelas, eu não sei se me teria safado. Por exemplo, quando fazemos teatro, envolve uma preparação muito diferente, são meses para uma peça que tem um início, meio e fim. Em novela estás a preparar uma coisa que não sabes como vai acabar. Durante um ano todos os dias filmas umas 30 cenas. É uma ginástica emocional, de trocar emoções, constante. E isso permitiu-me agora nestes últimos trabalhos conseguir gerir como é que fazia. Eu via atores ‘epa 7 cenas por dia’ e eu [risos]... E depois lá fora também há muito aquela coisa das divas, tens uma pessoa para a maquilhagem, uma pessoa a fazer cabelos, um assistente... É muito fácil as pessoas perderem-se no meio daquilo e de repente acharem que são mais do que aquilo que são. Acho que todos os atores deviam ter um quase um treino de vir para Portugal fazer uma novela.

FD - Mas tu tiveste algum momento específico? Em que tenhas dito ‘eu sou atriz’. Para nós foi uma surpresa, tu do nada teres sido. Não que agora não faça todo o sentido, porque de facto faz, mas foi uma surpresa. Estiveste em ciências, mudaste para artes, queria ser arquiteta, há aqui uma polivalência enorme como pessoa. Alguma vez tiveste um momento, até mesmo depois de uma self tape, que tenhas dito ‘sou atriz ou não’ e porquê?
JR - Até há dois anos quando tinha de preencher fichas de inscrição ou assim eu escrevia que era estudante, sempre. Há muito aquela coisa dos atores têm que estudar e têm que estar teatro e fazer os três anos de Conservatório e é uma coisa com a qual eu lutei muito nos primeiros anos. Ainda há um certo estigma sobre quem começa em novelas e que eu acho que é completamente errado, porque talento é talento e trabalho é trabalho. Acho que ser ator é uma junção de fatores. Mas acho que ainda não houve assim um momento ‘eu sou atriz.’ Para mim ser atriz é uma constante aprendizagem, mais relacionada com aquela coisa que estamos a falar do estar interessado, interessado em como é que o ser humano funciona. E isso é mais do que só ser atriz. É curiosidade constante pelo ser humano. Quem me disse isso foi a Maria João Luís, ‘ser ator é ser o espelho das pessoas que nos vão ver’. E é verdade: atores servem para isso, nós somos o espelho do público. Eu vou ao cinema ver um filme e eu conheço mais sobre mim própria e levanto questões sobre a humanidade por causa das personagens. Quando alguém diz que se identificou com uma personagem minha é uma felicidade tão grande. É a sensação de tocar alguém. E basta só uma pessoa.

FD - Tu acabaste de definir a tua profissão, por isso sentes que fazes isso?
JR - Tenho sentido mais recentemente. Eu encontro partes de mim e partes minhas em todas as personagens que faço. Tal como ganho coisas novas também, e isso é das coisas que eu mais gosto do meu trabalho e realmente sinto que há uma Joana antes e depois de cada personagem. -       Recentemente tenho sentido mais isso. Por exemplo, quando tenho uma personagem que não fala português.

FD -  Quando sais da tua zona de conforto.
JR -  Eu acho que o primeiro projeto onde eu senti isso foi o filme do Terry Gilliam [O Homem que matou Dom Quixote] Acho que foi o primeiro projeto em que eu pensei, ‘OK não sou eu’. Estava loura, a falar inglês.

FD -   Tu és minha amiga. Eu tenho uma dificuldade enorme para separar a Joana atriz  da amiga. Eu esqueço-me sempre porque é que as pessoas olham para ti na rua. E em muitos papéis tenho dificuldade em ver que estás a representar. Das primeiras vezes que senti isso foi nesse filme. Porque estás a contracenar, lado a lado com o Adam Driver, Olga Kurylenko, Jonathan Pryce, é um elenco de luxo e eu esqueci-me que eras tu.  Tu ainda sentes isso? Tipo, estas pessoas não existem? Ou para ti, como és atriz, não há atores que são atores, são pessoas que têm uma profissão de ator?
 JR         Se fores arquiteto, há arquitetos que se um dia conheceres ficas ‘wow’. Eu não sinto isso com todos os atores, mas com alguns. Lembro-me de conhecer o Adam Driver, tinha uma meia na cabeça porque estava a experimentar uma peruca, e com um aparelho falso nos dentes, e o Terry aparece ‘Joana, tens de conhecer esta pessoa, acho que se vão adorar’ e era o Adam. E eu tipo ‘Hiii’ [risos] Foi horrível. Eu tinha idealizado que o ia conhecer loira, incrível. O Terry sabia e então fez-me isso.

FD -  Foi o teu projeto mais desafiante até à data? Pode não ter sido o mais desafiante, mas por teres tantas pessoas conhecidas à volta, que já deram tantas cartas na representação, se isso o tornou mais desafiante?
JR - Eu tinha 25 anos, tinha feito um filme antes desse, só tinha feito novelas e tinha feito a série Madre Paula que acabei nem uma semana antes de começar o filme do Terry. Portanto, estava exausta, tinha acabado de fazer uma série de época super complicada e exigente. Não tinha tido quase ensaios porque não tinha tido tempo. Estava num país diferente a trabalhar pela primeira vez numa língua diferente, com um sotaque. E a produção do filme em si foi bastante atribulada. Portanto, tudo isto fez com que fosse o projeto mais difícil que eu fiz até agora. O que fiz agora, se calhar, até pode ser mais difícil noutras partes, mas eu enquanto mulher, enquanto atriz, sou mais madura, portanto, já me consigo adaptar e proteger em certas situações.

FD -  Tens feito mais projetos internacionais. Sempre senti um bocadinho que quando projetas os teus sonhos, os projetas lá para fora. Oque é que falta - ou se não se calhar não falta nada – cá?
JR -  Eu projeto lá para fora por haver mais oportunidades. Acho que o que fazemos cá é incrível, há filmes portugueses espetaculares e realizadores portugueses com quem eu adorava trabalhar, mas há realmente muito pouca oferta. Há pouca procura do público português, há muita procura dos atores portugueses, que são muito bons também, mas depois num país onde se fazem se calhar 10 filmes por ano, é muito difícil todos os atores trabalharem em cinema. Se calhar, num ano, não há filmes com personagens para mim. Portanto, se eu quero continuar a fazer isto e continuar a sentir-me desafiada por este trabalho, o projetar lá para fora é algo que me permite ter mais opções. Não acho que talento seja o que nos falta. Acho que nos falta investimento e falta de interesse por parte do público.

FD - Nós não temos uma cultura de cinema.
JR - Somos muito pouco patriotas nesse aspeto. Eu lembro-me de estar na escola e não ter uma aula a ver filmes portugueses.

FD -  É um bocado aquela coisa da galinha da vizinha é sempre melhor. E que não tem a ver com talento. É aquela coisa de quando alguém vai lá para fora então é a pessoa que vai ter mais sucesso.
JR - Há atores geniais que fizeram filmes geniais e nunca foram para fora porque não quiseram. O ir para fora, não é sinónimo de se fazer coisas melhores. Faz-se muita porcaria lá fora também. [risos] Se tivesse de escolher entre fazer um projeto em Portugal ótimo e um projeto lá fora menos bom, mas que me pagassem muito melhor, preferia 1000 vezes fazer um projeto em Portugal. Pagaria menos mas artisticamente iria preencher-me muito mais. Ter trabalhado com o Terry abriu-me portas cá em Portugal. Lá fora, eu lembro-me de falar com casting diretors e realizadores e de dizer ‘é que eu nunca estudei’ e eles ‘mas não precisas, tu começaste a trabalhar, trabalhar é estudar’.

FD - Ainda há um bocadinho esta coisa académica, não é?
JR - Sim, e eu percebo. Eu adorava ter estudado, adorava, acho que me ia ter dado uma bagagem, nem que fosse para quando me sinto mais insegura pensar ‘Calma aí eu estudei’ está aqui dito que fiz o curso.

FD -  É um trabalho que admiro e que acho que as pessoas devem ter que ter os pés assentes na Terra. Não só porque está muito à volta da imagem, como mesmo o criar amizades pode ser difícil quando as pessoas estão na mesma área a batalhar pelo mesmo papel. E tu fazeres grandes e grandes projetos alimenta também uma expectativa e eu sei que tu geres um bocadinho mal a expectativa porque és hiper trabalhadora e tens alguma insegurança no sentido de que queres sempre provar ainda mais. Tens sentido ao longo do tempo que tens melhores armas para combater isso?
JR - É algo que vai sempre pesar e assusta-me falar com atores mais experientes que eu que me dizem ‘vai durar para sempre e só fica pior’ [risos] O que me custa mais não é tanto a minha expectativa, porque acho que a consigo gerir, mas a dos outros. Lembro-me que, por exemplo, na altura do filme do Terry eu estava em pânico que as pessoas soubessem que eu estava a fazer o filme, porque automaticamente põem uma expectativa em ti. Isso é o que me assusta mas ainda outro dia estávamos a falar disto, ‘a arte existe para ser vista’.

FD -  Pressupõe um público.
JR -   Mas ao mesmo tempo, o que eu gosto mais do meu trabalho é a parte em que eu estou sozinha com a personagem. Porque sou só eu e a personagem, e é como conheceres um amigo estás tipo, ‘estou a gostar imenso de conhecer este amigo apetece-me ficar sozinha com ele’.

FD -  A tua profissão é fazer constantemente de outra pessoa, tu fazes da vida ser outras pessoas e não é fácil perderes um bocado da identidade -  ou pelo contrário? Onde é que tu te agarras?
JR         É o que mais gozo me dá, mas também vem de um lado de estares em constante procura daquilo que tu és. Ainda no dia estive a entrevistar uma colega e foi dos momentos mais desconfortáveis, porque eu sinto-me super à vontade em frente à câmara, mas quando existe uma personagem que me ‘defende’. Quando isso deixa de existir tenho que ser eu. É assustador, porque lá está, há também parte de um lado de eu não saber exatamente quem é que eu sou?

FD -  Eu acho que todos nós procuramos, ninguém sabe quem é, mas eu noto que tu tens uma curiosidade enorme até mesmo de autoconhecimento, ‘porque é que eu reajo assim, quem é a Joana Perante esta situação?’ É fixe estares a dizer que isso também vem de uma insegura tua. É giro teres transformado isso numa arma que usas para teres um talento inacreditável.
JR -   É mesmo das coisas que mais me fascina nisso, porque eu nunca vou saber tudo o que há para saber sobre o ser humano e sobre mim. Há sempre coisas novas que tu descobres com as personagens também. Tu podes-te perder numa personagem, mas há sempre coisas que são tuas. A forma como tu vês uma personagem, como tu ‘atacas’ uma personagem à partida vem muito daquilo que tu és enquanto pessoa.

FD -  Eu adora ver-te de vilã, mas aquela vilã meia maluca aquela. Bellatrix, estás a ver? Com uma taradice [risos] Não o facto de seres vilã, até porque és uma excelente pessoa, mas a parte de maluca. Tens uns olhos super expressivos. Não sei, diz-me um papel que darias tudo para já ter feito.
JR         Há muitas personagens que eu adorava encarnar. Gena Rowlands em A Woman Under the Influence, Isabelle Huppert em La Pianiste. Pela construção da personagem, por serem mulheres que desafiam a norma. De se calhar terem comportamentos que associas a homens. E ao mesmo tempo uma fragilidade que eu acho isso incrível na mulher. Às vezes é um bocado menosprezada a fragilidade, mas eu acho que das coisas mais incríveis que existe e ter essa predisposição para ser  frágil e mostrar fragilidade é dos sinais de maior coragem que existe.  Adorava fazer um filme tipo Apocalipse Now mas com mulheres. Há ali um lado de viver no limite.

FD -  Não pensar nas consequências. No dia em que não nos tivermos de justificar vamos sentir o que é ser um homem.
JR         O Joker... Eu não gostei do Joker. Porque achei que havia uma grande necessidade de justificar, porque é que ele era mau. Ele é só mau. Ele pratica a maldade aleatoriamente e é um agente do caos.

FD -  Estavas a falar dos processos criativos, do que é fazer várias personagens e o gozo que te dá. Mas e o que é que te aflige? Acho que quanto mais confortável estás mais facilmente sais das coisas. Tens sempre de ser desafiada.
JR         Eu gosto do facto de esta profissão ser um desafio constante, que é o que me aflige também. Adorava que isto fosse fácil. Eu acordava e diziam-me ‘tens estes três guiões de realizadores conceituados e todos querem trabalhar contigo e vais conseguir fazer todos ao mesmo tempo’. Eu sonho com isso, mas ao mesmo tempo sei que ia ficar hmm... Eu sou mais agente do caos também. Estou constantemente a desafios e arranjar dificuldades para mim própria.

FD -  Desafiaste muito.
JR - É sempre balançado. Agora no Glória, eu estava a falar com o Tiago Guedes, realizador, e estamos a falar sobre a personagem e facto de ela ser polaca, se fazia sentido ter sotaque. E ele disse ‘olha nenhum dos atores vai ter sotaque, a não ser os que são realmente do país e o Albano, mas se quiseres e se achares que faz sentido, trabalhamos nisso, mas também se não quiseres, não tem mal’. E eu decidi que queria ter sotaque. Porque a mim isso não só acrescentou trabalho, como também uma camada à personagem.

FD - Estás a falar de algo que acho fascinante, a tua preparação de tudo. E há algo que acho também fascinante que é a self tape: como é que em 1 minuto alguém consegue escolher uma ator? E por isso gostava de te perguntar, se tivesses de fazer uma self-tape em que te representasses a ti mesma, o que é que fazias ou dizias?
JR         A parte mais difícil para mim é quando tens de dizer o teu nome, altura, de onde és. A parte que mais odeio. Sou capaz de fazer uma self tape em 5 minutos, essa parte eu faço 10 vezes [risos] A coisa mais odeio é perguntarem-me ‘fala sobre ti’.

FD - [risos] Pronto então ias fazer exatamente isto.
JR - Eu prefiro que me digam para encarar algo. Por exemplo, nesta sessão para a Solo encarei a diva no hotel.

FD -  Mas tem graça porque isso também és tu. Tu danças assim quando estás comigo. Mas parece que precisas dessa bengala de, ‘vou meter ai outra Joana’.
JR - Eu acho que chorava. E ria ao mesmo tempo.

FD -  Ias ser várias pessoas numa self Tape.
JR - É engraçado porque a self-tape em que sinto que fui mais eu própria fui para o Glória. Quando estamos a fazer a preparação, o Tiago Nunes deu-me um resumo da personagem. Final da década 60, guerra fria, Portugal, personagem que vive numa aldeia, que se  apaixona, que nunca foi a Lisboa. E eu fiz algo que fazia muito quando estávamos chateadas, que era eu imaginava discussões em frente ao espelho. Ainda hoje faço isso. Sempre que tenho uma conversa importante para ter com alguém eu treino sozinha. Lembrei-me que fiz isso quando estava a fazer a self tape. Pus um espelho, o telemóvel aqui, e era um plano sequência estático em que me vias a mim a ver o espelho. E cheguei, comecei a dançar uma música que falava de liberdade e falava de liberdade de pensamento, pus um batom vermelho e depois imaginei como se estivesse a falar com ele. A meio do take dou um beijo no espelho e começo a limpar o batom e começo a ver o meu reflexo e a pensar que isto não sou eu, não está a acontecer, é uma desilusão. E aconteceu de forma super natural porque eu sempre fiz isto e é uma coisa que achei que esta miúda também faria.

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