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Líderes do G20 chegam a acordo sobre o clima

Líderes do G20 chegam a acordo sobre o clima

3 Nov, 2021

Discussões avançam agora em Glasgow


Os líderes das 20 maiores economias mundiais (G20) chegaram a acordo e comprometem-se a "continuar os esforços para limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius". Estas 20 economias são responsáveis por 80% das emissões mundiais de carbono.

Agora, as atenções estão concentradas em Glasgow onde decorre, até 12 de novembro a cimeira das Nações Unidas sobre o clima em Glasgow (COP26).

Em Itália, Mario Draghi mostrou-se “orgulhoso do compromisso alcançado em relação ao clima na cimeira do G20 em Roma”. O primeiro-ministro italiano lembrou que "este é apenas o começo". No final da cimeira do G20 de Roma os líderes mundiais deixaram um compromisso: "manter o aumento médio das temperaturas bem abaixo dos 2 graus e continuar os esforços para limitar o aquecimento global a 1,5 graus". Os responsáveis reconhecem ainda que o impacto deste último valor é "muito menor" do que o do primeiro.

No entanto, o G20 não convenceu os ativistas. "Se o G20 era um ensaio geral para a COP26, os líderes mundiais equivocaram-se", afirmou diretora da Greenpeace. Para Jennifer Morgan os líderes "não estiveram à altura do desafio".

António Guterres, num post partilhado na rede social Twitter, não se mostrou particularmente feliz com o desfecho da cimeira. "Apesar de acolher o novo compromisso do G20, saio de Roma com as minhas esperanças por cumprir - mas pelo menos não estão enterradas".

A declaração dos grandes líderes parece ficar aquém do esperado: os países comprometeram-se a deixar de financiar centrais a carvão no estrangeiro até ao final do ano. No entanto, ficam por esclarecer as medidas que serão tomadas a nível interno.


Glasgow avança
A discussão climática continua agora na COP26, em Glasgow, e contará com a presença de mais de uma centena de líderes mundiais.

No entanto, as ausências dão muito que falar. Tal como aconteceu em Roma, o presidente chinês Xi Jinping não participará na cimeira presencialmente. Recorde-se que a China é o maior poluidor mundial e responsável por cerca de um terço das emissões mundiais de carbono.

Vladimir Putin também não estará presente. O presidente russo não garantiu a presença, no entanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que as alterações climáticas são "uma das mais importantes prioridades da política externa de Moscovo”.

Outra falha a assinalar é o presidente brasileiro Jair Bolsonaro que depois de Roma não viajou para Glasgow.

As atenções estão agora concentradas na cidade escocesa. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anfitrião da COP26, já tinha exortado em Roma os líderes mundiais a comprometerem-se com um corte das emissões de carbono. "Se Glasgow falhar, tudo falha".

"A pressão sobre os líderes mundiais é enorme. Nós fizemos progressos razoáveis, mas não é suficiente", acrescentou Boris Johnson. "Não há desculpas convincentes para a procrastinação”.

Opinião partilhada por Alok Sharma, presidente da COP26, que defende que esta é "a última e melhor esperança" para manter viva a meta de limitar o aquecimento a 1,5 graus.


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