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Mercado de vestuário em segunda mão vai triplicar em cinco anos

Mercado de vestuário em segunda mão vai triplicar em cinco anos

8 Mai, 2023

Nunca como até agora “a máxima do velho se faz novo” fez tanto sentido. A sustentabilidade é o assunto do momento e, todos os dias, surgem novas formas de reduzir, reciclar e reutilizar. Na indústria da moda, uma das soluções com mais adeptos é o mercado de segunda mão.

De acordo com o estudo “2023 Resale Report”, o mercado de vestuário em segunda mão vai crescer, em média, três vezes mais depressa do que o mercado global nos próximos cinco anos. Os maiores adeptos desta modalidade são as gerações mais jovens. O estudo foi elaborado pela plataforma de revenda online ThredUp, que regista um total de vendas em segunda mão no valor de 177 mil milhões de dólares e que estima que o valor será de 351 mil milhões já em 2027.

Assim, 64% dos inquiridos pertencentes à Geração Z afirma que procura primeiro por um produto em segunda mão antes de comprar um novo. Além disso, para 42% dos jovens é menos provável comprarem uma peça de vestuário que não tenha um bom valor de revenda e quase dois terços dos retalhistas que disponibilizam a revendas dos seus produtos diz que este será um fator determinante para o crescimento estratégico da empresa a longo prazo.

Mas não é só pela bandeira da sustentabilidade que estas soluções aparecem: os orçamentos mais apertados são outra das razões para um aumento da procura por opções mais económicas.

As plataformas de revenda
Vinted e Wallapop são nomes que já se tornaram familiares no dia-a-dia dos consumidores: são duas das maiores plataformas de revenda em Portugal e não só.

A Vinted nasceu em 2008 quando Milda estava a mudar de casa e pediu ajuda a Justas para criar um site que lhe permitisse doar as suas roupas aos amigos e, literalmente, “esvaziar” o armário. Hoje, a comunidade conta com 75 milhões de utilizadores em 16 mercados e 1000 colaboradores e é considerada a maior plataforma de revenda de roupa.

A Wallapop chegou a Portugal em setembro de 2022. Além da categoria moda, a aplicação permite a compra e venda de outros artigos como decoração, tecnologia, informática, desporto e lazer, entre outros. “Com uma média de mais de 100 milhões de novos produtos carregados todos os anos na plataforma, e mais de 15 milhões de utilizadores que a visitam todos os meses, a Wallapop apostou no mercado português depois de, em 2021, ter iniciado a fase de internacionalização com a entrada da plataforma em Itália, onde foi a aplicação de reutilização com mais downloads acumulados no primeiro semestre de 2022”, avança a marca em comunicado.

Um estudo desenvolvido pela GfK a pedido da Wallapop, no início deste ano, concluiu mais de 60% dos portugueses já compraram ou venderam artigos em segunda mão. O estudo concluiu ainda os inquiridos se sentiram melhor com este tipo de compra, uma vez que sentem que estão a contribuir para uma maior sustentabilidade.

“A análise que fazemos dos resultados destes inquéritos e o facto de termos já centenas de milhares de utilizadores portugueses ativos, em pouco mais de dois meses depois de entrarmos em Portugal, mostra que os portugueses estão realmente alertas para as possibilidades do mercado de artigos reutilizados. Os nossos utilizadores são pessoas com uma maior consciência relativamente ao consumo responsável, que se preocupam em ganhar ou poupar dinheiro nas suas compras, mas que também se querem sentir bem com a forma como o fazem, de forma mais consciente e sustentável.” sublinhou Sara Van-Deste, Head of Special Projects na Wallapop.

Zara avança com plataforma de revenda
O grupo Inditex prepara-se igualmente para entrar neste universo, depois de uma experiência bem-sucedida com a Zara no Reino Unido. A gigante internacional está a preparar o lançamento em Espanha de um serviço de venda de roupa em segunda mão. Segunda avança o El Economista, o grupo de Ortega está a preparar o lançamento da plataforma online "Zara pre-owned" em todos os mercados em que se encontra presente, o que incluirá Portugal, ainda este ano. Esta nova plataforma permitirá aos clientes comprar e vender peças, bem como doar ou realizar arranjos de costura.

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