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Mercosul: acordo histórico com a União Europeia

Mercosul: acordo histórico com a União Europeia

8 Jul, 2019

Novo acordo vai criar uma das maiores áreas de comércio livre do mundo


Foram necessários 20 anos para este acordo, a ser discutido desde 1999, estar concluído entre a União Europeia e o Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai). O Acordo Estratégico agora fechado vai criar uma das maiores áreas de comércio livre do mundo, um mercado com 770 milhões de habitantes com cerca de 100.000 milhões de euros em comércio bilateral de bens e de serviços.

Segundo a secretária-geral da CIP, em declarações ao Observador, “têxteis e o calçado serão beneficiados — todos tenderão para a taxa zero, mas há um período de adaptação, isto é, ou é imediato ou acontece ao longo de um espaço de oito anos”. Carla Sequeira garante que para Portugal este acordo trará, no imediato o “acesso ao mercado de 266 milhões de consumidores”. Os sucessivos governos dos últimos vinte anos sempre foram favoráveis à assinatura do mesmo. O todo foi sempre mais importante do que a parte.”


Como o tratado não carece de ratificação pelos estados-membros, a CIP acredita que o processo será rápido. “É provável que o tratado demore um ano a ser aplicado. Os produtos industriais portugueses serão certamente muito beneficiados. Há produtos que passam a taxas zero no imediato e outros que passarão ao longo de oito anos”.

O Presidente da República português acredita que “este é um passo muito importante para o desenvolvimento das relações económicas entre os Estados Membros da União Europeia e os países da América do Sul membros do Mercosul, nomeadamente o Brasil”, diz Marcelo Rebelo de Sousa.

O acordo foi anunciado no final de junho pelo Governo argentino, que detém a presidência do Mercosul. Os países sul americanos exportam, maioritariamente, produtos agropecuários, enquanto do lado europeu as vendas peças automóveis e produtos industriais e farmacêuticos.


As negociações deste acordo começaram em 1999. A discussão sofreu um interregno entre 2004 e 2016, quando foram novamente retomadas. Na causa deste prolongamento nas negociações estão, naturalmente, os interesses económicos de cada lado. Se na Europa alguns países mostraram relutância em abrir as suas fronteiras, como foi o caso de França (domínio dos produtos agrícolas na Europa), do lado do Mercosul, a resistência focou-se nos produtos automóveis.

Além de França, também a Bélgica, a Irlanda e a Polónia se mostraram ‘relutantes’ ao acordo. Do outro lado, Argentina e Brasil apresentaram alguma resistência “quanto a uma abertura industrial dos seus setores mais sensíveis”.

O presidente do Brasil acredita que é um “momento histórico. Este acordo será um dos mais importantes de todos os tempos e trará benefícios para a economia brasileira o Mercosul e a União Europeia estarem de mãos dadas representa “1/4 da economia mundial”, pelo que, concluído o acordo, “os produtores brasileiros terão acesso a um enorme mercado”.

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