"O capital de saber fazer e a reputação que a nossa indústria estabeleceu têm de ser as bases para o sucesso futuro deste setor"
Pedro Siza Vieira dedicou, ontem, o dia à indústria de calçado. Depois de ter presidido a Cerimónia de Tomada de Posse dos Órgãos Sociais da APICCAPS, o Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital visitou a empresa de componentes Bolflex.
Da parte da tarde, o Ministro visitou a AMF, empresa especializada na produção de calçado de segurança. O périplo terminou a sul, com a vista ao Centro Tecnológico do Calçado em S. João da Madeira
Pedro Siza Vieira deixou uma palavra de confiança aos empresários, assegurando que o sucesso do setor está dependente do seu saber-fazer e da sua reputação. “Fiquei particularmente inspirado pelas palavras do, agora reconduzido, presidente da APICCAPS. O capital de saber fazer e a reputação que a nossa indústria estabeleceu têm de ser as bases para o sucesso futuro deste setor”.
Pedro Siza Vieira garantiu que os apoios europeus serão uma oportunidade de crescimento para as empresas. “Os recursos que teremos disponíveis para a próxima década, 60 mil milhões de euros, provenientes da União Europeia, são absolutamente inéditos em dimensão e em flexibilidade de utilização. E aqueles que têm mais capacidade para estar mais estruturados e articulados são aqueles que poderão melhor desenvolver o plano de investimento para os próximos anos”.
A defesa do comércio livre
A defesa de um comércio livre e justo dentro da União Europeia é também uma prioridade para Portugal. De acordo com Siza Vieira, “Portugal colocou no programa do trio da presidência que agora integra (com a Alemanha e a Eslovénia) a questão da revisão das linhas gerais de comercialização da UE. Temos defendido no Conselho Europeu que as empresas europeias enfrentam no acesso ao mercado interno da União a concorrência de produtores que não estão sujeitos aos mesmos encargos (que se refletem em custos de produção), decorrentes das muito exigentes regras ambientais que a UE impõe à industria. As exigências sociais e laborais, tão importantes para assegurar a prosperidade da nossa comunidade, não são aquelas que os concorrentes fora da UE enfrentam”.