Licenciada em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, Joana Trigueiros acumula 18 anos de experiência em multinacionais nas áreas financeira e marketing. Há cinco anos, quando percebeu que a marca Maray ia terminar, decidiu agarrar a oportunidade e lançar-se numa nova aventura.

Trabalhar na indústria de calçado foi uma escolha natural?
Diria que estaria escrito no meu destino! Nasci e cresci no seio de uma família ligada ao calçado, em Torres Vedras. Nada no meu percurso fazia adivinhar que poderia voltar ao mundo no calçado, mas as raízes existiam. Trabalhei em multinacionais com a Unilever, KPMG e Danone durante muitos anos, mas uma mensagem de Instagram mudou tudo!

Como surgiu a Maray?
Já era cliente e fã da Maray quando a fundadora da marca lançou uma mensagem no instagram dizendo que “iria adormecer a Maray”. Perguntei se tinha interesse em vender a mesma e… um mês depois estávamos a assinar contrato. Já passaram cinco anos e tive de aprender muito para conseguir fazer a marca crescer, com todos os desafios que a conjuntura económica nos tem apresentado, mas… sou do verbo “ir” e tenho vindo a encontrar as oportunidades certas para garantir o crescimento para a marca.

Em que se distingue no mercado?
A Maray é uma marca irreverente para mulheres dinâmicas que não comprometem a elegância ou o conforto. A Maray traz-lhes sempre propostas de valor que lhes fazem sentido e que, não comprometendo o seu posicionamento, tem surpreendido a cada coleção. Além do mais, o nível de serviço que entregamos é de excelência, seja com consumidoras ou com clientes BTB. Os nossos valores são também os valores da Maray.

Quais têm sido os maiores desafios até agora?
Diria que, à parte do grande desafio que tem sido as crises sucessivas, ajustar a parte da produção à medida das necessidades e com o profissionalismo que gostamos de imprimir em tudo o que fazemos não se tem mostrado tarefa fácil. A internacionalização da marca é agora um caminho que queremos percorrer, mas ainda precisamos de aprender mais sobre a cadeia de valor internacional.

Que conselho daria a um jovem que está a começar na indústria?
Diria que é importante ter muita persistência e resiliência. Nada acontece da noite para o dia e é necessário dar tempo para aprender e consolidar. Sinto que os jovens de hoje têm muita vontade de chegar ao destino final, mas que têm pouca paciência para percorrer o caminho.