Os líderes da União Europeia tentam, hoje, chegar a um plano de recuperação da economia europeia, para atenuar o impacto gerado pela pandemia. Serão, em todo o caso, muitas as diferenças entre os 27 Estados-membros. “Este é o momento da verdade para a Europa”, de acordo com Emmanuel Mácron, o presidente francês.

A anterior cimeira, que ocorreu a 26 de março, ficou marcada por fortes desavenças. A primeira resposta à crise envolveu o Eurogrupo, mais tarde, os chefes de Estado e de Governo da UE voltam a reunir-se por videoconferência, já com propostas concretas acordadas pelos ministros das Finanças sobre a resposta de emergência. No final, foi acordado um pacote financeiro com um montante global de 500 mil milhões de euros: um desfecho, ainda assim, insuficiente face à situação atual.
Nas últimas semanas foram-se criando plataformas de atendimento. Solidariedade, Flexibilidade e inclusão são agora as palavras de ordem.

O presidente do Conselho Europeu, na sua tradicional carta aos líderes antes das cimeiras, pede um acordo para “o estabelecimento de um fundo de recuperação tão depressa quanto possível”, e sugere que a Comissão seja mandatada para “avaliar as necessidades e desenhar uma proposta compatível com o desafio”.

Charles Michel exorta os 27 a adotar o pacote de emergência acordado pelo Eurogrupo, de modo a que as três “redes de segurança” estejam já operacionais o mais tardar a 1 de junho. “É fundamental que discutamos estas questões de forma aberta entre nós e avancemos com sentido de urgência” sublinhou. Para o presidente do Conselho Europeu “devemos mostrar ainda maior determinação em superar as nossas diferenças”.

Segundo, “a proposta da Comissão deve clarificar a relação com o Quadro Financeiro Plurianual [o orçamento da UE para 2021-2027], que estará sempre no cerne da contribuição da UE para a recuperação e que terá de ser ajustado para lidar com a atual crise e as suas consequências”.