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Um pé em Milão e outro nos Estados Unidos

Um pé em Milão e outro nos Estados Unidos

25 Set, 2017

A indústria portuguesa de calçado voltou a estar em plano de destaque na maior feira de calçado do mundo, a MICAM. Em Milão, 96 empresas portuguesas deram provas de criatividade, mas são os Estados Unidos o motivo de todas as conversas.

"OS EUA vão ser, sem dúvida, a nossa aposta, onde vamos fazer um trabalho muito intenso. É o mercado dos mercados, onde as marcas se podem posicionar de uma forma única, é a terra das oportunidades”, sublinhou o presidente da APICCAPS.

Salientando os dois mil milhões de pares de sapatos importados anualmente pelos EUA, o que faz do país "o maior importador de calçado do mundo", Luis Onofre destacou ainda o desafio de exigência que coloca às empresas portuguesas do setor. "É um mercado onde as marcas se posicionam de uma forma única, é o mais exigente do mundo", assegurou.

Atualmente, o mercado norte-americano ocupa o sexto lugar do 'ranking' dos principais países de destino das exportações portuguesas de calçado - depois de França, Alemanha, Holanda, Espanha e Reino Unido - representado cerca de 4% das vendas do setor para o exterior no ano passado, no valor de 80 milhões de euros.


Estreias de peso
Portugal esteve, uma vez mais, em destaque na theMicam. Mas na comitiva dos empresários portugueses viajaram estreantes. ASPORTUGUESAS, Pregis, LIWYC e Sinovir Shoes lançaram-se pela primeira vez naquela que é a maior feira de calçado do mundo. ASPORTUGUESAS, a startup criada por Pedro Abrantes com a Amorim Cork Ventures, agora com o apoio da Kyaia, é detentora da primeira marca de flip-flops de cortiça do mundo. A aventura na feira de Milão insere-se na estratégia de exportação que a marca quer, agora, começar. “O nosso objetivo é vender a marca nos mercados internacionais. Para isso, a presença na theMicam – o maior evento da especialidade – é obrigatória”.

Além de Pedro Abrantes, também a Pregis marcou presença, pela primeira vez, na theMicam. A marca, fundada pela empresa Martiape, apresentou a primeira coleção em Milão. “Aliamos o saber-fazer de 40 anos de produção ao design inovador e vanguardista e, por isso, acreditamos ter produtos com muita qualidade”. Também a LIWYC (nova marca desportiva da Abreu & Abreu) e Sinovir Shoes apresentaram pela primeira vez no certame. Para as empresas portuguesas a presença em Milão é essencial na estratégia de exportação.

A 84ª edição da feira voltou a fechar com bons números. No total 41.187 visitantes, mais 5% do que em setembro do ano passado, calcorrearam os pavilhões da maior feira de calçado do mundo. Cerca de 28 mil visitantes estrangeiros e 19 mil italianos visitaram as 1441 marcas presentes. Uma vez mais, Portugal esteve presente com a segunda maior delegação estrangeira.  Destaque para o número de visitantes provenientes da Rússia (mais 32% do que em setembro de 2016), dos Estados Unidos (mais 15%) e China (mais 7%).

Segundo a ANCI, “os números confirmam a importância que a theMicam representa para a indústria de calçado a nível mundial. O evento continua num longo processo de renovação, desde a última edição. Conseguimos dois marcos importantes nesta edição: tivemos connosco algumas das maiores marcas de calçado do segmento de luxo e fizemos coincidir o último dia da feira com o inicio da Fashion Week em Milão”.


Governo ao lado do setor
Ao lado das empresas está o Governo. Depois do primeiro-ministro, António Costa, e do ministro da economia, Manuel Caldeira Cabral, a representação do Governo na maior e mais prestigiada feira de calçado do mundo foi assegurada por Augusto Santos Silva, ministro dos negócios estrangeiros. O calçado é "um dos setores da economia industrial portuguesa que mais se modernizou e internacionalizou" e que disputa com os principais países produtores a liderança no segmento mais alto. "Estamos a falar de um setor que exporta mais de 95% da sua produção, que está presente em 152 países diferentes em todos os continentes, que contribui para a economia portuguesa e para o emprego de uma forma muito significativa e no qual temos uma balança comercial altamente favorável", salientou.

Considerando que "planificação que o setor tem seguido é muito inteligentemente desenhada", nomeadamente no que respeita à aposta feita "em grandes mercados internacionais" e "nos segmentos mais sofisticados", Santos Silva recordou que o calçado português "disputa com outras indústrias - como a indústria italiana e poucas mais - a liderança no segmento de valor mais alto".

"Por cada 100 euros que importamos em Portugal no setor do calçado exportamos 250. O coeficiente de cobertura das importações pelas importações é duas vezes e meia, o que é muito importante", considerou, destacando que os dados disponíveis relativamente ao primeiro semestre deste ano "mostram que um crescimento sustentado, uma balança comercial altamente positiva e uma a dinâmica de criação e de valor e de emprego são muito importantes".

Na companhia do ministro dos negócios estrageiros, Eurico Brilhante Dias e Ana Teras Lehmann, respetivamente secretários de estado da internacionalização e da indústria visitaram a delegação portuguesa na MICAM e Mipel, a feira de artigos de pele que, nesta edição, contou com a presença de cinco expositores nacionais.

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