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Países da NATO comprometem-se a aumentar investimento em defesa

Países da NATO comprometem-se a aumentar investimento em defesa

25 Mar, 2022

Países da NATO comprometem-se a atualizar planos de investimento em defesa


António Costa avançou que os países da NATO se comprometeram a atualizar os seus planos de investimentos em Defesa até à cimeira de junho, acrescentando que Portugal aumentará o seu investimento em equipamento. O Primeiro-Ministro falou aos jornalistas no final da reunião do Conselho de Atlântico Norte, a aliança política defensiva das democracias euroatlânticas, que decorreu em Bruxelas. *

António Costa relembrou que, em 2018, os Estados-membros assumiram o “compromisso escrito quanto à progressividade do reforço do orçamento em matéria de defesa”. Na altura, o compromisso baseava-se “nos recursos próprios e num compromisso mais reforçado condicionado à mobilização do Fundo Europeu de Defesa”.

Ainda assim, nesta reunião, ficou decidido que, “quando chegarmos à cimeira da NATO em Madrid, no final de junho, cada um dos Estados deve apresentar o calendário atualizado da forma como iremos continuar a convergir em termos de investimentos em Defesa”, avança António Costa.

Neste domínio, “Portugal tem dois desafios: um, aumentar o seu orçamento global em defesa, e, um segundo, que não é menos importante, aumentar, dentro do orçamento de Defesa, o peso do investimento em equipamento”, sublinhou o chefe de Governo.
“Portugal tem menos peso em equipamento do que devia ter e mais peso em recursos humanos do que aquilo que é o compromisso que com a NATO”, acrescentou Costa, sublinhando que “este investimento deve melhorar as capacidades das Forças Armadas, e, também, servir de forte estímulo para a participação e o desenvolvimento da indústria nacional”.

Capacidade industrial

“Felizmente, hoje, nos mais diversos domínios, temos mais capacidade industrial para contribuir positivamente para satisfazer, de uma forma inteligente, este maior investimento em Defesa”, disse António Costa, dando como exemplo o trabalho que
tem sido feito na “área da aeronáutica, das comunicações, dos drones, do equipamento com o projeto do ‘soldado português’, no têxtil”. Além disto, Portugal tem de integrar o investimento em defesa “no sistema científico e tecnológico nacional, de forma a dar um contributo positivo para que este investimento se traduza em Forças Armadas com maiores capacidades, numa indústria portuguesa mais forte e num sistema científico e tecnológico mais ativo e integrado”.

"NATO está bem viva"

Especificamente sobre a guerra na Ucrânia, Primeiro-Ministro afirmou que o Presidente russo sofreu duas derrotas ao invadir a Ucrânia. “A primeira grande derrota que Putin teve foi a extraordinária capacidade de resistência dos ucranianos, que demonstraram bem a sua alma nacional e a sua vontade de proteger a independência do seu território, e uma segunda grande derrota que Putin teve foi ter dado uma nova vida à NATO”.

“Hoje vê-se que a NATO está bem viva e reforçou significativamente os seus laços transatlânticos”, disse, acrescentando que “não foi a saída do Reino Unido da União Europeia que enfraqueceu a NATO, nem o facto de os Estados Unidos terem hoje uma outra atenção à região do Indo-Pacífico”, afirmou.

António Costa disse ainda que a cimeira dos 30 Estados da NATO fez uma “afirmação muito clara que todos os Estados beligerantes têm de cumprir as leis da guerra. A guerra tem leis, tem regras, e, portanto, há um conjunto de armamento que é proibida a sua utilização. Foi feita uma afirmação muito clara, que consta da declaração final, que é inaceitável a violação de qualquer lei da guerra e a utilização de qualquer armamento proibido”, sublinhou.


“No território da NATO ninguém entra”

António Costa afirmou igualmente que “tem de ficar muito claro que no território da NATO ninguém entra”.  A Aliança não intervém em países terceiros, nem quer agravar tensões, mas irá defender-se. “A NATO é uma aliança defensiva, não desencadeia a guerra, não intervém em guerra em território terceiro e, por isso, não está a participar em ações militares no território da Ucrânia. Dá apoio militar, dá apoio político, dá apoio moral, dá apoio económico, não intervém militarmente. Mas é uma aliança defensiva, e tem de ficar muito claro que no território da NATO, ninguém entra”, afirmou António Costa.


António Costa defendeu ainda que “a NATO não tenciona contribuir para essa lógica de agravamento da tensão. Pelo contrário, tem procurado reforçar as mensagens de tranquilização, de construção de caminho para a paz, e que as negociações tenham efetividade e não sejam simplesmente uma forma de ganhar tempo para prosseguir a destruição e ação de guerra na Ucrânia”.


* O Primeiro-Ministro está acompanhado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e pelo Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho. Sobre a cimeira, António Costa disse que a mesma servirá para reafirmar claramente “a unidade da Aliança, no pilar europeu, no pilar do Reino Unido, no pilar americano e numa afirmação muito clara de que é preciso pôr termo à guerra, é preciso restabelecer o direito internacional com a retirada das tropas russas da Ucrânia e o respeito pela integridade territorial e independência da Ucrânia”.


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