António Costa recebeu Guiseppe Conte
António Costa recebeu o Primeiro-Ministro italiano, Guiseppe Conte, para preparar o Conselho Europeu de 17 e 18 de julho.
Numa declaração conjunta, o Primeiro-Ministro português sublinhou que a importância de responder rapidamente aos desafios colocados pela pandemia. “Temos de avançar com ambição porque a situação económica e o desemprego são muito graves em toda a Europa e se as transições digital e climática já eram urgentes, agora ainda o são mais. Quando mais tarde começarmos a responder, maior será o dano e mais recursos serão necessários”.
A urgência da resposta
O chefe de Governo destacou as previsões de verão da Comissão Europeia, que apontam para um fortíssimo impacto da crise na economia da zona euro. Para isso, é “mais urgente do que nunca aprovarmos um programa de recuperação económica e social. É fundamental que, no Conselho Europeu de 17 e 18 de julho, possamos chegar a um acordo em torno da proposta da Comissão Europeia, que é inteligente, justa e equilibrada”. António Costa acredita que proposta “vai ao encontro da necessidade de termos uma resposta comum e robusta de ultrapassar o impasse na discussão do quadro financeiro plurianual”.
A proposta é "equilibrada nas pretensões dos diferentes Estados e assegura que temos um programa que implica um forte compromisso nacional, que não é nem um cheque em branco, nem uma nova troika, mas, pelo contrário, responsabiliza cada Governo para selecionar os investimentos e reformas que podem contribuir para o aumento o potencial de crescimento".
Os programas nacionais devem ancorar-se "na ambição comum da Europa de acelerar as transições digital e climática, aumentar a autonomia estratégica na economia global, e a resiliência às crises". Um acordo permitirá responder rapidamente “ao essencial: proteger as empresas, fomentar o crescimento económico, travar o desemprego e criar emprego e proteger o rendimento das famílias, permitindo-nos retomar uma trajetória de prosperidade partilhada”.
"A maior ambição que devemos ter agora é concluir um acordo em julho. Não é altura para traçarmos linhas vermelhas, mas para abrirmos vias verdes”.
António Costa garante que, nesta fase, “é muito importante que os Estados membros da União Europeia articulem entre si posições e vão alisando o caminho para que, no próximo Conselho Europeu possamos ter um acordo tão rápido quanto possível em torno da proposta da Comissão”.
O Primeiro-Ministro destacou “a forma determinada como Guiseppe Conte soube liderar e enfrentar uma crise desta dimensão. Foi para nós uma grande emoção e uma grande lição”.
O Presidente do Conselho de Ministros de Itália vai reunir-se com vários chefes de Governo a nível europeu nos próximos dias. O périplo começou exatamente em Lisboa com António Costa, com quem o italiano “conseguiu sempre encontrar a forma de cultivar um diálogo intenso, franco e quase sempre conseguimos encontrar posições comuns”.
A reunião “confirmou a visão e a sensibilidade comum entre a Itália e Portugal, nos objetivos prioritários para a Europa”, tendo também sido partilhadas as situações nacionais respetivas, mas sem perder de vista a casa comum, a Europa. Guiseppe Conte afirmou que há, “neste momento, necessidade de uma retoma económica não só dos nossos países, mas de toda a Europa. Não haverá vencedores isolados ou perdedores isolados, venceremos ou perderemos todos juntos”.
“Esta é uma crise sem precedentes e por isso partilhamos a necessidade de uma resposta forte, sólida, coordenada a nível europeu. As receitas nacionais não são suficientes”, disse.
Guiseppe Conte acredita que muitos dos esforços necessários já foram já feitos e destacou o Conselho Europeu de 23 de abril, “onde os 27 Estados reconheceram a necessidade da urgência de um fundo de recuperação. Agora temos de percorrer a última etapa”.
O próximo Conselho Europeu, agendado para 17 e 18 de julho, será decisivo para encontrar uma solução conjunta. “Temos de ter a coragem de decidir imediatamente e não é possível fechar esta negociação com uma proposta de baixo perfil, temos de trabalhar para que esta resposta seja ambiciosa, a decisão política forte que os nossos cidadãos esperam», disse ainda, acrescentando que «as outras instituições europeias mostraram que estavam à altura do seu encontro com a história, e eu e o Primeiro-Ministro António Costa faremos a nossa parte para que o Conselho Europeu também esteja à altura deste desafio”.
Foto Tiago Petinga/LUSA
Numa declaração conjunta, o Primeiro-Ministro português sublinhou que a importância de responder rapidamente aos desafios colocados pela pandemia. “Temos de avançar com ambição porque a situação económica e o desemprego são muito graves em toda a Europa e se as transições digital e climática já eram urgentes, agora ainda o são mais. Quando mais tarde começarmos a responder, maior será o dano e mais recursos serão necessários”.
A urgência da resposta
O chefe de Governo destacou as previsões de verão da Comissão Europeia, que apontam para um fortíssimo impacto da crise na economia da zona euro. Para isso, é “mais urgente do que nunca aprovarmos um programa de recuperação económica e social. É fundamental que, no Conselho Europeu de 17 e 18 de julho, possamos chegar a um acordo em torno da proposta da Comissão Europeia, que é inteligente, justa e equilibrada”. António Costa acredita que proposta “vai ao encontro da necessidade de termos uma resposta comum e robusta de ultrapassar o impasse na discussão do quadro financeiro plurianual”.
A proposta é "equilibrada nas pretensões dos diferentes Estados e assegura que temos um programa que implica um forte compromisso nacional, que não é nem um cheque em branco, nem uma nova troika, mas, pelo contrário, responsabiliza cada Governo para selecionar os investimentos e reformas que podem contribuir para o aumento o potencial de crescimento".
Os programas nacionais devem ancorar-se "na ambição comum da Europa de acelerar as transições digital e climática, aumentar a autonomia estratégica na economia global, e a resiliência às crises". Um acordo permitirá responder rapidamente “ao essencial: proteger as empresas, fomentar o crescimento económico, travar o desemprego e criar emprego e proteger o rendimento das famílias, permitindo-nos retomar uma trajetória de prosperidade partilhada”.
"A maior ambição que devemos ter agora é concluir um acordo em julho. Não é altura para traçarmos linhas vermelhas, mas para abrirmos vias verdes”.
António Costa garante que, nesta fase, “é muito importante que os Estados membros da União Europeia articulem entre si posições e vão alisando o caminho para que, no próximo Conselho Europeu possamos ter um acordo tão rápido quanto possível em torno da proposta da Comissão”.
O Primeiro-Ministro destacou “a forma determinada como Guiseppe Conte soube liderar e enfrentar uma crise desta dimensão. Foi para nós uma grande emoção e uma grande lição”.
O Presidente do Conselho de Ministros de Itália vai reunir-se com vários chefes de Governo a nível europeu nos próximos dias. O périplo começou exatamente em Lisboa com António Costa, com quem o italiano “conseguiu sempre encontrar a forma de cultivar um diálogo intenso, franco e quase sempre conseguimos encontrar posições comuns”.
A reunião “confirmou a visão e a sensibilidade comum entre a Itália e Portugal, nos objetivos prioritários para a Europa”, tendo também sido partilhadas as situações nacionais respetivas, mas sem perder de vista a casa comum, a Europa. Guiseppe Conte afirmou que há, “neste momento, necessidade de uma retoma económica não só dos nossos países, mas de toda a Europa. Não haverá vencedores isolados ou perdedores isolados, venceremos ou perderemos todos juntos”.
“Esta é uma crise sem precedentes e por isso partilhamos a necessidade de uma resposta forte, sólida, coordenada a nível europeu. As receitas nacionais não são suficientes”, disse.
Guiseppe Conte acredita que muitos dos esforços necessários já foram já feitos e destacou o Conselho Europeu de 23 de abril, “onde os 27 Estados reconheceram a necessidade da urgência de um fundo de recuperação. Agora temos de percorrer a última etapa”.
O próximo Conselho Europeu, agendado para 17 e 18 de julho, será decisivo para encontrar uma solução conjunta. “Temos de ter a coragem de decidir imediatamente e não é possível fechar esta negociação com uma proposta de baixo perfil, temos de trabalhar para que esta resposta seja ambiciosa, a decisão política forte que os nossos cidadãos esperam», disse ainda, acrescentando que «as outras instituições europeias mostraram que estavam à altura do seu encontro com a história, e eu e o Primeiro-Ministro António Costa faremos a nossa parte para que o Conselho Europeu também esteja à altura deste desafio”.
Foto Tiago Petinga/LUSA