Indústria defende mais incentivos ao investimento privado em Portugal
No discurso, o Chefe de Estado salientou ainda a urgência de “assumirmos coletivamente, e com permanência, que importa criar mais estímulos ao investimento privado”, sobretudo tendo em consideração o “peso esmagador das micro, pequenas e médias empresas” em Portugal, mas também das grandes empresas”, facto que justifica que “se vá muito mais longe em termos de incentivos no investimento”.
Em comunicado, a CIP afirma que tem defendido e fundamentado que são necessários apoios mais robustos à Economia portuguesa. “É fundamental que as medidas anunciadas cheguem às empresas, é crítico que as medidas se mantenham por tempo suficiente e é tempo de Portugal ter também instrumentos dirigidos ao reforço do capital das empresas, como sucede noutros países”.
A Confederação Empresarial de Portugal destacou, ainda, as afirmações de Marcelo Rebelo de Sousa, nomeadamente do que diz respeito aos apoios Às empresas. “Não se trata de preferir mais ou menos estado, mais ou menos privado ou estatal, mas sim de dar sinais mais fortes para que se torne mais produtivo e competitivo o tecido empresarial português e para que se cresça mais, criando condições para eliminar limites em termos de competitividade, disponibilização de recursos para melhorar estruturas degradas nos sistemas sociais e para garantir condições de combate à pobreza, correção de desigualdades e melhor justiça social”.
“A CIP reafirma que o progresso económico, social e humano não tem ideologia. Por isso, a CIP responde afirmativamente ao repto apresentado por Sua Excelência o Presidente da República quando incentivou o setor privado a atuar com realismo e com independência, com sentido do bem comum, evitando a perpetuação da inelutável e casuística tendência de os poderes públicos quererem influenciar e determinar o seu sentir”.
“Reafirmamos total disponibilidade das empresas para continuar a contribuir para o progresso e desenvolvimento de Portugal. Neste sentido, cumprindo o sentido do repto de Sua Excelência O Presidente da República, devemos olhar no imediato para a concretização do Plano de Recuperação e Resiliência, alertando que o tempo das medidas de política económica não se coaduna com o tempo das empresas”.
“O Governo tem de passar rapidamente do plano à concretização, uma vez que nos próximos nove anos, Portugal terá de executar, em média, mais de seis mil milhões de euros anuais de fundos europeus, incluindo o PRR, contra os três mil milhões que tem vindo a executar nos melhores anos. Uma grande ambição que apenas será realizável se contar com participação ativa das empresas”, diz a CIP em comunicado.