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Preço do calçado sobe, consumo recua

Preço do calçado sobe, consumo recua

19 Dez, 2022

O preço do calçado deverá subir 11% nos próximos seis meses.


O preço do calçado deverá subir 11% nos próximos seis meses. As conclusões são do novo inquérito do World Footwear Business Survey. Nem tudo são, no entanto, boas notícias:  estima-se uma quebra global de vendas da ordem de 1%.  A Europa será o mercado mais afetado.

Nos próximos seis meses, estima-se que na Europa os consumidores comprem menos 56 milhões de pares de sapatos. Em contrapartida, os norte-americanos deverão manter a rotar progressista e reforçar as compras em 156,4 milhões de pares

Os dados são do Business Conditions Survey, o inquérito que a Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS) realiza duas vezes por ano junto de especialistas de mais de 40 países no âmbito do World Footwear, e que visa avaliar as macro tendências do setor, alerta os europeus são os que encaram o futuro de forma mais negativa, com 45% dos inquiridos a apontar para quebras de consumo moderadas, valor que sobe para os 57% quando contabilizados também os que antecipam fortes quebras.

Numa escala global, e considerando as respostas de todos os continentes, 30% dos inquiridos esperam que 2023 seja caracterizado por quebras moderadas do consumo, entre 1,5% e 5%, enquanto que apenas 28% antecipam, precisamente, o contrário: crescimentos moderados do consumo. Assinala-se que 11% acreditam que o crescimento será forte (5% a 20%) e 14% que a quebra será de dimensão equivalente. No total, 16% dos especialistas apontam para uma estabilização do consumo.

Perspetivas de negócios

Cerca de 40% dos especialistas do World Footwear apenas para que os negócios sejam positivos no próximo semestre. Já 35% dos entrevistados aponta para uma estabilização. A percentagem de entrevistados que acreditam os negócios sejam fracos (16%) ou muitos fracos (9%) ascendem a 25% do total.
Realce para o facto de os fabricantes de calçado serem mais
pessimistas do que os comerciantes de calçados. Com efeito, Enquanto 56% dos retalhistas espera uma evolução positiva dos negócios, nos fabricantes essa percentagem cai para os 30%.


Ainda de acordo com o World Footwear Business Survey, no próximo semestre, as principais dificuldades na fileira do calçado à escala internacional estarão diretamente associadas  ao aumento dos custo das matérias-primas ou das mercadorias (81%), a procura insuficiente no mercado interno (42%) e nos mercados internacionais (41%). Recrutamentos do professais (38%) e dificuldades financeiras (26%) são outros aspetos a considerar.

O emprego por sua vez deverá estabilizar (58% dos inquiridos), enquanto que 26% estivam um recuo dos postos de trabalho. Apenas 16% aponta para a necessidade de regras em ao mercado para novos recrutamentos.

Retalhos cresce a ritmos
diferentes

Do ponto de vista comercial, os principais canais revelam
ritmos diferentes de crescimento. Praticamente metades dos especialistas, (49%) acreditam que os canais de retalho digital aumentarão a sua participação na venda de calçados nos próximos três anos. Já o retalho multimarca poderá contribuía a sentir grandes dificuldades, já mais de 80% dos inquiridos aponta para uma estabilização (47%) ou mesmo recuo (34%) das vendas.

A nível do produto, é expectável de que os sneakers continuem a ganhar peso no mercado global, passando de uma quota atual na ordem dos 19% para 21,1% do total em 2050.

A finalizar, outro dado relevante prede-se com a sustentabilidade. Os profissionais do setor acreditam que os consumidores procuram produtos amigos do ambiente – apenas 23% não acredita nessa tendência - mas não estarão dispostos a pagar mais (60%) por isso.



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