APICCAPSAPICCAPSAPICCAPS
Facebook Portuguese Shoes APICCAPSYoutube Portuguese ShoesAPICCAPS

Presidente da CIP: O lucro não é um pecado

Presidente da CIP: O lucro não é um pecado

30 Jan, 2024

Armindo Monteiro apelou a um maior equilíbrio e compromisso para encontrar soluções


O Presidente da CIP (Confederação Empresarial de Portugal) lamentou o atual cenário de instabilidade política, sublinhando que os empresários “precisam de um mínimo de previsibilidade”. “O que está em jogo nestas eleições é algo muito importante. Não vou apelar a nenhum programa eleitoral, apenas ao voto. Manifestem a vossa preferência”, destacou Armindo Monteiro, por ocasião da tomada de posse dos novos Órgãos Sociais da APICCAPS.

De acordo com o «patrão dos patrões», “as empresas não votam, mas têm eleições todos os meses. Porque todos os meses são desafiados a pagar salários, impostos e contribuições para a Segurança Social. Precisamos de encontrar um enquadramento que nos permita executar a nossa veia empreendedora”, apontou.

Armindo Monteiro recorreu aos ideais de Abril (Democratizar, Descolonizar e Desenvolver) para referir que o último D “não foi cumprido porque não pode ser entregue aos políticos”. “Não estou a atacar ninguém, mas quem conhece as empresas não é quem as visita em determinados momentos, nomeadamente no eleitoral, mas quem as construiu”. “Não se desenvolve a economia com nenhum programa eleitoral, isso acontece todos os dias”, reiterou.

O líder da CIP apelou a um maior “equilíbrio e compromisso para encontrar soluções”, que implica um trabalho conjunto entre os empresários e a administração pública. Apesar de acreditar na economia de mercado com um “forte sentido social”, advertiu contra o suposto “milagre económico” de “distribuir aquilo que não se cria”, acrescentando que “os empresários não podem fazer apenas ação social”.

“As empresas são corpos dinâmicos que precisam de ter lucro porque é isso que permite fazer investimentos em transformações para que as empresas se mantenham competitivas. Que permite remunerar devidamente os capitais para que os empresários se sintam motivados a criar mais empresas. O lucro não é um pecado, o lucro é necessário”, resumiu.

Armindo Monteiro recordou ainda a proposta da CIP para o pagamento voluntário de um 15.º mês isento de impostos e contribuições, que “[deixou] os sindicatos a dançar no meio da sala”. “Ficaram sem referências. ‘Se é o lado negro da força que está a propor aumentar os salários, o que sobra para nós, sindicatos?’. Esta ideia de que tinha de haver algo por trás, naturalmente baralhou e não pudemos construir” essa solução, concluiu.

Pacto Social em debate

O Pacto Social apresentado pela CIP aos parceiros sociais e ao Governo será a causa-próxima da grande conferência que a Confederação Empresarial de Portugal realizará dia 20 e 21 de fevereiro de 2024, no Edifício da Alfândega do Porto.

A iniciativa reunirá centenas de empresários, académicos, pensadores, gestores e administradores da «coisa pública», que em conjunto procurarão alcançar conclusões verdadeiramente transformadoras do perfil da economia do País. Sempre debaixo do umbrella do Pacto Social, documento apresentado pela CIP – Confederação Empresarial de Portugal em setembro passado, e igualmente estruturado nos eixos Crescimento, Rendimento e Simplificação, o simpósio pretende também à porta das eleições trazer à discussão as questões que efetivamente importam aos portugueses. “Qual o modelo de desenvolvimento que queremos para Portugal?” “Qual o País que queremos deixar às gerações vindouras?” “Qual a sociedade que queremos construir?” são algumas das questões que se pretende ver respondidas nesta reunião-magna dos empresários, que contará paralelamente com a participação dos líderes partidários com grupos parlamentares na Assembleia da República.

Partilhar:

Últimas Notícias