APICCAPSAPICCAPSAPICCAPS
Facebook Portuguese Shoes APICCAPSYoutube Portuguese ShoesAPICCAPS

Regresso às aulas?

Regresso às aulas?

23 Fev, 2021

Grupo de especialistas envia carta ao Governo


A pressão aumenta junto do Governo para um regresso às aulas presenciais. Uma centena de médicos, professores, pais, psicólogos e investigadores pediu ao Governo e ao Presidente da República a reabertura urgente das escolas a partir de dia 1 de março, a começar pelos mais novos e de forma faseada com as devidas precauções.

Este grupo de cidadãos remeteu uma carta ao primeiro-ministro, ao ministro da Educação, à ministra da Saúde, aos restantes membros do Governo, e ao Presidente da República. Entre os signatários estão nomes como o virologista Pedro Simas ou o epidemiologista Henrique Barros, que acreditam ser possível manter as escolas abertas com ensino presencial com as devidas precauções.

O grupo defende que um largo conjunto de investigações “mostrou que as escolas não são contextos relevantes de infeção e, durante o primeiro período, as medidas sanitárias em vigor nas escolas provaram que o curso da epidemia foi independente das escolas estarem abertas”. Assim, defendem a reabertura de creches e estabelecimentos de educação pré-escolar no início de março e a abrir o ensino básico a partir do início do próximo mês de forma gradual e a começar pelos 1.º e 2.º ciclos.
Na carta enviada, os signatários defendem que devem ser  “devem ser providenciados meios efetivos aos estabelecimentos e permitir o regresso ao ensino realmente presencial para todas as crianças e jovens beneficiários da ação social escolar, sinalizadas pelas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens, ou para as quais a escola considere ineficaz o ensino a distância e estejam em risco de abandono escolar”, segundo noticia a Lusa.

“Manter e reforçar as medidas existentes, arejar os espaços, manter distâncias entre assentos, manter os mesmos lugares de assento nas salas de aula, e evitar o agrupamento de pais e alunos, reforçar o rastreamento e assegurar a quarentena de crianças e jovens em risco”, são algumas das medidas apontadas pelo grupo.

“Insistir na proibição, em tempos de grande pressão, de reuniões fora da escola, fazer o rastreio periódico da infeção em amostras da população escolar de modo o identificar infeções assintomáticas ou pré-sintomáticas e incluir, após o pessoal de saúde idosos e grupos de risco, professores e auxiliares de ação educativa nos grupos prioritários de vacinação”.

“Pedimos, finalmente, que seja já elaborado um plano, e canalizados os recursos suficientes, para recuperar o atraso acumulado por alguns alunos em competências-chave e tutelar a saúde física e mental das crianças e jovens”.

Indústria pede regresso às aulas

Também na passada semana, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) alertou para a necessidade de um regresso urgente às aulas presenciais. A CIP sugeriu que o Governo promova um "desconfinamento inteligente", que envolva o regresso às aulas presenciais e o alívio de restrições na restauração. "Neste momento, o que deveríamos fazer era encontrar formas de um desconfinamento inteligente", disse António Saraiva. O Presidente da CIP falou à comunicação social depois de uma audiência com o presidente da República e defendeu que “até um determinado nível de escolaridade, os alunos possam voltar à escola”. Além disso, António Saraiva defendeu que também se deveria "desconfinar determinas tipologias da restauração através de uma massificação de testes".


Partilhar:

Últimas Notícias