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Retalhistas americanos preocupados

Retalhistas americanos preocupados

18 Mar, 2025

Matt Priest, da Associação de Distribuidores de Calçado da América (FDRA)


A recente implementação, por parte da Administração de Donald Trump, de tarifas sobre as importações de alguns produtos provenientes do México, Canadá (+25%) e China (+20%), tem gerado uma onda de preocupação entre os distribuidores de calçado dos Estados Unidos.

De acordo com Matt Priest, presidente e diretor executivo da Associação de Distribuidores de Calçado da América (FDRA) , "estamos profundamente preocupados com a decisão de duplicar as taxas de tarifas e impor novas tarifas sobre as importações do México e Canadá. Essas tarifas funcionam como impostos, aumentando os custos do calçado, o que afetará significativamente as famílias e empresas americanas".

De acordo com os dados disponibilizados pela FDRA, as vendas de calçado nos Estados Unidos já começaram a ser impactadas, com uma queda de 26,2% na última semana de fevereiro. "Essa queda acentuada não é apenas uma flutuação típica do ciclo econômico; é uma indicação clara de uma mudança no comportamento e no sentimento dos consumidores, ligada ao aumento contínuo da inflação, que prossegue em ritmo crescente, juntamente com as preocupações de que as novas tarifas implicarão novos aumentos dos custos", explica Priest.

De acordo com World Footwear, em 2023 os EUA importaram 1986 milhões de pares de calçado, no valor de 26 483 milhões de euros. China (60%), Vietname (23%) e Indonésia (6%) detém em conjunto uma quota de mercado próxima dos 90%. Dados preliminares, apontam para que as importações norte-americanas tenham aumentado 6% em 2024.
Peso para Portugal

Atualmente, os EUA perfila-se como o 6º mercado de destino do calçado português. Em 2024, Portugal exporto dois milhões de pares para os “states” num valor próximo dos 98 milhões de euros.
Na última década, as exportações portuguesas de calçado para os “states” aumentaram 44,8%. ”Trata-se de um mercado estratégico para o nosso setor”, considera Luis Onofre. A esse propósito, “importa realçar que no novo Plano estratégico do setor foram identificadas como prioritárias 145 cidades em todo o mundo, sendo que 2/3 se situam precisamente na Europa e nos EUA, os nossos mercados naturais”

 



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