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Retalho no Reino Unido sem luz ao fundo do túnel

Retalho no Reino Unido sem luz ao fundo do túnel

3 Dez, 2020

Retalho em queda no Reino Unido


O verão trouxe uma luz ao fundo do túnel para o retalho no Reino Unido, mas o sol foi – literalmente – de pouca dura. Após o colapso causado na primeira vaga da pandemia, as vendas no retalho de têxtil, vestuário e calçado no Reino Unido começaram a melhorar entre abril e setembro. No entanto, a segunda vaga de outubro levou as vendas a caírem para números negativos, fechando agora com 18 pontos percentuais negativos.

O Harrods é um exemplo perfeito deste cenário, com uma queda de 45% nas vendas anuais, uma vez que os visitantes caíram 95% para menos de 4 500 por dia". Antes da pandemia, a Harrods recebia, em média, 80 000 compradores diários.
Na área do calçado, muitos são os importadores que já alertaram para o cenário complexo que se está a criar. Neil Clifford, CEO da Kurt Geiger, explicou que “embora as lojas tenham agora reaberto e estejam a recuperar lentamente, a segunda vaga de COVID-19 ainda se manifesta e,  combinando as novas medidas de bloqueio no país, os negócios britânicos vão viver consequências da pandemia durante anos ”.

A Shoe Zone, um retalhista de baixo preço, “registou uma queda der 24% para  122,6 milhões de libras nas últimas 52 semanas (até 5 de outubro), e anunciou que “espera fechar mais 90 lojas nos próximas meses.

Outro exemplo deste cenário é a Marks & Spencer, que já anunciou que 7.000 empregos podem estar em risco.
Este cenário já tinha sido antecipado pelo British Retail Consortium, que apelidou estes meses de “pesadelo antes do Natal”. Caso ocorra um Brexit sem acordo, as consequências para o retalho podem ser ainda piores.

Outro caso a destacar é o anúncio de falência da Arcadia, detentora da Topshop, que anunciou falência esta semana. O grupo detém lojas como Dorothy Perkins, Burton e Miss Selfridge, mas há muito que o domínio do grupo tem caído, com dezenas de fechos de lojas nos últimos meses. o encerramento desta cadeia de lojas pode por causa 13 mil postos de trabalho.

E-commerce
Durante a primeira vaga de COVID-19, as vendas online de calçado aumentaram de 20% para cerca de 50%, superando o índice geral de retalho online, logo houve um aumento exponencial que foi, naturalmente, alimentado pela pandemia.
Mas, uma vez que o COVID-19 suavizou durante os meses de verão, o retalho online sofreu uma ligeira descida.  Como já advertia a Shoe Zone “desde a sua reabertura em junho, as lojas registaram uma quebra nas vendas de cerca de 20%, enquanto as vendas online duplicaram, mas não conseguiram compensar a queda nas lojas físicas”.
Além disso, um grande aumento no comércio eletrônico poderá trazer alguns problemas difíceis de resolver no curto prazo, como tempo de entrega e a capacidade de armazenagem de stock para todos os pedidos.
 A retalhista de moda online Asos confirmou que tinha “menos stock do que o normal devido à escassez mundial de produtos”.

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