Cerca de 73% das empresas já retomaram as atividades
A Associação Brasileira da Indústria de Calçado (Abicalçados) atualizou os dados dos impactos da pandemia da COVID-19 no setor. Cerca de 73% das empresas já retomaram as atividades, sendo apenas 6% com produção integral. No entanto, neste período o setor perdeu 28 mil postos de trabalho.
O presidente-executivo da Abicalçados destaca que o contexto de avanço da pandemia tem afetado o setor brasileiro de calçado. “Sem novos pedidos, infelizmente, as empresas não têm conseguido manter o quadro de funcionários”, lamenta Haraldo Ferreira, destacando que 70% das empresas dispensaram colaboradores.
O estado que mais trabalhadores perdeu foi São Paulo, cerca de 9.800, seguido pelo Rio Grande do Sul (7 mil), Minas Gerais (5 mil) e Santa Catarina (2.500 trabalhadores). Haraldo Ferreira aponta que, mesmo com a ampla utilização da MP 936 (medida que permite a redução do horário de trabalho e de salários) o impacto da crise tem feito com que o setor recorra a cortes de mão-de-obra.
Quebra nas exportações
O impacto da pandemia da COVID-19 não se resume ao mercado doméstico brasileiro. No exterior, a Abicalçados estima uma perda de 30,6% nas exportações de calçado, em volume, em resultado das quebras nas exportações para os Estados Unidos, principal destino de exportação do calçado brasileiro. No primeiro trimestre, foram exportados 2,8 milhões de pares de calçado, 28,9% menos do que no mesmo período de 2019.
O impacto da pandemia da COVID-19 não se resume ao mercado doméstico brasileiro. No exterior, a Abicalçados estima uma perda de 30,6% nas exportações de calçado, em volume, em resultado das quebras nas exportações para os Estados Unidos, principal destino de exportação do calçado brasileiro. No primeiro trimestre, foram exportados 2,8 milhões de pares de calçado, 28,9% menos do que no mesmo período de 2019.
O atual contexto fez, ainda, com que a Abicalçados revisse a projeção de comportamento da produção para 2020, que poderá cair cerca de 30% ao longo do ano. Em janeiro, a previsão apontava para um crescimento de 2,5%.